sábado, 25 de julho de 2015
Os Sertões
Euclides da Cunha
Esta obra foi dividida em três partes: "A Terra", "O Homem"
e "A Luta".
Euclides iniciou a descrição do sertão baiano em “A Terra”, explicando o
relevo do Planalto Central brasileiro. Depois descreveu a paisagem sertaneja: seca,
dias quentes e noites frias, cheia de árvores sem folhas e espinhentas.
Na segunda parte, o Autor caracterizou os sertanejos e contou a
história de Antônio Conselheiro, líder do arraial de Canudos. Euclides destacou as diferenças do
sertanejo e dos litorâneos, concluindo que os sertanejos estão
isolados da civilização e, portanto, privados de seus bens culturais e materiais.
Antônio Vicente Mendes Maciel (o Conselheiro), líder de
Canudos, foi um reflexo dos sertanejos. Nasceu em Quixeramobim, no Ceará, onde
trabalhou e logo se casou. Quando foi traído pela mulher, resolveu andar pelos
sertões. Após dez anos, Antônio Vicente surgiu como o líder religioso Antônio
Conselheiro.
Muitos sertanejos seguiam Conselheiro em sua peregrinação. Mas
a situação agravou-se quando o líder religioso instalou-se na antiga
fazenda de Canudos. As pessoas vinham de toda parte. O arraial, segundo as
autoridades, era um abrigo de criminosos. Amontoavam-se jagunços
suficientes para compor um batalhão, homens cruéis e
destemidos.
A terceira parte, “A Luta”, retrata o período em que o governo do
Estado da Bahia resolveu organizar uma expedição para desbaratar o arraial de
Canudos. A primeira expedição, liderada pelo Ten. Pires Ferreira, foi enviada em
novembro de 1896. Dispostos estrategicamente, mais preparados e com mais noção do
território e de seus ardis, os jagunços saíram vencedores. A segunda expedição,
comandada pelo major Febrônio de Brito, foi atacada de surpresa e vencida.
Com grande respaldo popular, a terceira expedição,
Expedição Moreira César, partiu de Monte Santo em fevereiro de 1897 e em março
invadiu Canudos. O Cel. Moreira César morreu e a expedição fracassou. Os soldados
debandaram nas caatingas.
A fuga dos soldados restrugiu-se no país inteiro.
A vitória dos jagunços foi considerada um ultraje para a República.
Era uma ameaça de restauração da Monarquia... (os sertanejos nem entendiam as
reformas republicanas: casamento civil, cobrança de impostos e separação entre
Igreja e Estado).
Batalhões de todos os Estados foram mobilizados para destruir Canudos. O
Gen. Artur Oscar liderava-os. Com a ajuda do Tenente-Coronel Siqueira de
Meneses, comandante astucioso, os soldados combateram e venceram, apesar da
repetição dos mesmos erros das expedições anteriores.
A vitória das forças do governo, conseguida após sucessivos reforços,
consolidou-se quando compôs-se a Trincheira Sete de Setembro. Canudos estava cercada, mas
resistiu com fome e sede até 5 de outubro. Os prisioneiros foram degolados.
BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, Juan C. P. de. Vida e obra de Euclides da Cunha. São Paulo: [s.n], 2000. Disponível em <http://euclidesite.tripod.com.br>.
Acesso em nov. 2001.
ANDRADE, Olímpio de Sousa. História
e interpretação de 'Os Sertões'. 3. ed. rev. e aum. São Paulo: EDART, 1966.
CUNHA, Euclides da. Os Sertões:
campanha de Canudos. São Paulo: Martin Claret, 2002.
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