sábado, 3 de outubro de 2015
A caverna de Platão
O mito da caverna
O mito da caverna, também conhecido como “Alegoria
da Caverna” é uma passagem do livro “A República” do filósofo grego Platão. É
mais uma alegoria do que propriamente um mito. É considerada uma das mais
importantes alegorias da história da Filosofia. Através desta metáfora é
possível conhecer uma importante teoria platônica: como, através do
conhecimento, é possível captar a existência do mundo sensível (conhecido
através dos sentidos) e do mundo inteligível (conhecido somente através da
razão).
O mito fala sobre prisioneiros que (desde o
nascimento) vivem presos em correntes numa caverna e que passam todo tempo
olhando para a parede do fundo que é iluminada pela luz gerada por uma
fogueira. Nesta parede são projetadas sombras de estátuas representando
pessoas, animais, plantas e objetos, mostrando cenas e situações do dia-a-dia.
Os prisioneiros ficam dando nomes às imagens (sombras), analisando e julgando
as situações.
Vamos imaginar que um dos prisioneiros fosse
forçado a sair das correntes para poder explorar o interior da caverna e o
mundo externo. Entraria em contato com a realidade e perceberia que passou a
vida toda analisando e julgando apenas imagens projetadas por estátuas. Ao sair
da caverna e entrar em contato com o mundo real ficaria encantado com os seres
de verdade, com a natureza, com os animais e etc. Voltaria para a caverna para
passar todo conhecimento adquirido fora da caverna para seus colegas ainda
presos. Porém, seria ridicularizado ao contar tudo o que viu e sentiu, pois
seus colegas só conseguem acreditar na realidade que enxergam na parede
iluminada da caverna. Os prisioneiros vão o chamar de louco, ameaçando-o de
morte caso não pare de falar daquelas ideias consideradas absurdas.
Os seres humanos tem uma visão distorcida da
realidade. No mito, os prisioneiros somos nós que enxergamos e acreditamos
apenas em imagens criadas pela cultura, conceitos e informações que recebemos
durante a vida. A caverna simboliza o mundo, pois nos apresenta imagens que não
representam a realidade. Só é possível conhecer a realidade, quando nos
libertamos destas influências culturais e sociais, ou seja, quando saímos da
caverna.
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