sexta-feira, 9 de outubro de 2015
Uso dos conectores
I) Coesão e coerência
O
texto é um conjunto harmônico de elementos, associados entre si por processos
de coordenação ou subordinação. Os fonemas (sons da fala), representados
graficamente pelas letras, se unem constituindo as palavras. Estas, por sua
vez, ligam-se para formar as orações, que passam a se agrupar constituindo os
períodos. A reunião de períodos dá origem aos parágrafos. Estes também se unem,
e temos então o conjunto final, que é o texto.
No
meio de tudo isso, há certos elementos que permitem que o texto seja inteligível,
com suas partes devidamente relacionadas. Se a ligação entre as partes do texto
não for bem feita, o sentido lógico será prejudicado. Observe atentamente o
trecho seguinte.
Levantamos
muito cedo. Fazia frio e a água havia congelado nas torneiras. Até os animais,
acostumados com baixas temperaturas, permaneciam, preguiçosamente, em suas
tocas. Apesar disso, deixamos de fazer nossa caminhada matinal com as crianças.
O
trecho é composto por vários períodos, agrupados em dois segmentos distintos.
No primeiro, fala-se do frio intenso e suas consequências; no segundo, a
decisão de não fazer a caminhada matinal. O que aparece para fazer a ligação
entre esses dois segmentos? A locução apesar
disso. Ora, esse termo tem valor concessivo, liga duas coisas contraditórias,
opostas; mas o que segue a ele é uma consequência do frio que fazia naquela
manhã. Dessa forma, no lugar de apesar
disso, deveríamos usar por isso, por
causa disso, em virtude disso etc.
Conclui-se
o seguinte: as partes do texto não estavam devidamente ligadas. Diz-se então
que faltou coesão textual.
Consequentemente,
o trecho ficou sem coerência, isto é, sem sentido lógico.
Resumindo,
podemos dizer que a coesão é a ligação, a união entre partes de um texto;
coerência é o sentido lógico, o nexo.
II) Elementos conectores
É
extremamente importante, para que se penetre no texto, uma noção segura dos
recursos de que a língua dispõe para estabelecer a coesão textual. Aliás, esse
termo é ainda mais amplo: qualquer vínculo estabelecido entre as palavras, as
orações, os períodos ou os parágrafos podemos chamar de coesão. Toda palavra ou
expressão que se refere a coisas passadas no texto, ou mesmo às que ainda
virão, são elementos conectores. Os termos a que eles se referem podem ser
chamados de referentes. Muita atenção, pois, com os conectores. Eis os mais
importantes:
1) Pronomes pessoais, retos ou oblíquos
Ex.: Meu filho está na escola. Ele tem uma prova hoje.
Ele = meu filho
(referente)
Carlos trouxe o memorando e o entregou ao chefe.
O = memorando
(referente)
2)
Pronomes
possessivos
Ex.: Pedro, chegou a sua maior oportunidade.
Sua = Pedro (de
Pedro)
3)
Pronomes
demonstrativos
*Os demonstrativos estão entre os mais
importantes conectores da língua portuguesa. Frequentemente se criam questões
de interpretação ou compreensão com base em seu emprego. Veja os casos
seguintes:
a)
O filho está
demorando, e isso preocupa a mãe.
Isso = O filho
está demorando.
b)
Isto preocupa
a mãe: o filho está demorando.
Isto = o filho
está demorando.
*Parecidos, não é mesmo? A diferença é
que isso (esse, esses, essa, essas)
é usado para fazer referência a coisas ou fatos passados no texto. Isto (este, estes, esta, estas)
refere-se a coisas ou fatos que ainda aparecerão. Embora se faça uma certa
confusão hoje em dia, o seu emprego adequado é exatamente o que acabamos de
expor.
c)
O homem e a
mulher estavam sorrindo. Aquele porque
foi promovido; esta por ter recebido
um presente. Aquele
= homem esta = mulher
*Temos aqui uma situação especial de
coesão: evitar a repetição de termos por meio do emprego de este (estes, esta,
estas) e aquele (aqueles, aquela, aquelas). Não se usa, aqui, o pronome esse
(esses, essa, essas). Com relação ao exemplo, a palavra aquele refere-se ao termo mais afastado (homem), enquanto esta, ao
mais próximo (mulher). Semelhante correlação também pode ser feita com numerais
(primeiro e segundo) ou com pronomes indefinidos (um e outro).
4)
Pronomes
indefinidos
Ex.: Naquela época, os homens, as mulheres, as
crianças, todos acreditavam na
vitória.
todos = homens,
mulheres, crianças
5)
Pronomes
relativos
Ex.: Havia ali pessoas que me ajudavam. que = pessoas
No caso do
pronome relativo, o seu referente costuma ser chamado de antecedente.
6)
Pronomes
interrogativos
Ex.: Quem será responsabilizado? O rapaz do
almoxarifado, por não ter conferido os materiais.
Quem = rapaz do
almoxarifado
7)
Substantivos
Ex.: José e Helena chegaram de férias. Crianças
ainda, não entendem o que aconteceu com o professor.
Crianças = José
e Helena
8)
Advérbios
Ex.: A faculdade ensinou-o a viver. Lá se tornou
um homem.
Lá = faculdade
9)
Preposições
As preposições
ligam palavras dentro de uma mesma oração. Em casos excepcionais, ligam duas
orações. Elas não possuem referentes no texto, simplesmente estabelecem
vínculos.
Ex.: Preciso de ajuda.
Morreu
de frio.
*Nas duas
frases, a preposição liga um verbo a um substantivo. Na primeira, em que
introduz um objeto indireto (complemento verbal com preposição exigida pelo
verbo), ela é destituída de significado. Diz-se que tem apenas valor
relacional. Na segunda, em que introduz um adjunto adverbial, ela possui valor
semântico ou nocional, uma vez que a expressão que ela inicia tem um valor de
causa. Veja, a seguir, os principais valores semânticos das preposições.
•
De
causa
Ex.: Perdemos tudo com a seca.
•
De
matéria
Ex.: Trouxe copos de papel.
•
De
assunto
Ex.: Falavam de
política.
•
De
fim ou finalidade
Ex.: Vivia para
o estudo.
•
De
meio
Ex.: Falaram por
telefone.
•
De
instrumento
Ex.: Feriu-se com a tesoura. • De condição
Ex.: Ele não vive sem feijão.
•
De
posse
Ex.: Achei o livro de André.
•
De
modo
Ex.: Agiu com
tranquilidade.
•
De
tempo
Ex.: Retornaram de manhã.
•
De
companhia
Ex.: Passeou com
a irmã.
•
De
afirmação
Ex.: Irei com
certeza.
•
De
lugar
Ex.: Ele veio de casa.
10) Conjunções e locuções conjuntivas
Conjunção é a
palavra que liga duas orações ou, em poucos casos, dois elementos de mesma
natureza. Pode-se entender também como a palavra que introduz uma oração, que
pode ser coordenada ou subordinada. Não vai nos interessar aqui essa distinção.
Se desejar, consulte o nosso livro Português para Concursos.
Para a
interpretação e a compreensão de textos, é de suma importância que os
interlocutores tenham o conhecimento das conjunções e locuções correspondentes.
Chamaremos a
todas, simplesmente, conjunções.
Da mesma forma
que as preposições, as conjunções não têm referentes propriamente ditos. Cumpre
reconhecer o valor de cada uma, para que se entenda o sentido das orações em
português e, consequentemente, do texto em que elas aparecem.
Conjunções coordenativas
São as que
iniciam orações coordenadas. Podem ser:
1)
Aditivas: estabelecem
uma adição, somam coisas ou orações de mesmo valor.
Principais
conjunções: e, nem, mas também, como também, senão também, como, bem como,
quanto.
Ex.: Fechou a porta e foi tomar café.
Não trabalha nem
estuda.
Tanto lê como escreve.
Não só pintava, mas também fazia versos.
Não somente lavou, como também escovou os cães.
2)
Adversativas: estabelecem ideias
opostas, contrastantes.
Principais
conjunções: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante,
senão, que.
Ex.: Correu muito, mas não se cansou.
As árvores cresceram, porém não estão bonitas.
Falou alto, todavia
ninguém escutou.
Chegamos com os alimentos, no entanto não estavam com fome. Não o culpo, senão a você.
Peça isso a outra pessoa, que não a mim.
Observações:
a)
Em
todas as frases há ideia de oposição. Se a pessoa corre muito, deve ficar
cansada. A palavra mas introduz uma
oração que contraria isso. O mesmo ocorre com as outras conjunções e suas
respectivas orações.
b)
Às
vezes, a palavra e, normalmente aditiva, assume valor adversativo.
Ex.: Fiz muito esforço e nada consegui, (mas nada consegui)
3)
Conclusivas: estabelecem
conclusões a partir do que foi dito inicialmente.
Principais
conjunções: logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do verbo),
por isso, então, assim, em vista disso.
Ex.: Chegou muito cedo, logo não perdeu o início do espetáculo.
Todos foram avisados, portanto não procedem as reclamações.
É bastante cuidadoso; consegue, pois, bons resultados.
Estava desanimado, por conseguinte deixou a empresa. É trabalhador, então só pode ser honesto.
4)
Alternativas: ligam ideias
que se alternam ou mesmo se excluem.
Principais
conjunções: ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer.
Ex.: Faça sua parte, ou procure outro emprego.
Ora narrava, ora
comentava.
“Já atravessa as florestas, já chega aos campos do
Ipu.” (José de Alencar)
5)
Explicativas: explicam ou
justificam o que se diz na primeira oração.
Principais
conjunções: porque, pois, que, porquanto.
Ex.: Chorou muito, porque os olhos estão inchados.
Choveu durante a madrugada, pois o chão está alagado.
Volte logo, que
vai chover.
Era uma criança estudiosa, porquanto sempre tirava boas notas.
Observações:
a)
Essas
conjunções também podem iniciar orações subordinadas causais, como veremos
adiante.
b)
Depois
de imperativo, elas só podem ser coordenativas explicativas, como no terceiro
exemplo.
Conjunções subordinativas
São as que
iniciam as orações subordinadas. Podem ser:
1)
Causais: iniciam
orações que indicam a causa do que está expresso na oração principal.
Principais
conjunções: porque, pois, que, porquanto, já que, uma vez que, como, visto que,
visto como.
Ex.: O gato miou porque pisei seu rabo.
Estava feliz pois
encontrou a bola.
Triste que estava,
não quis passear.
Já que me
pediram, vou continuar.
Visto que vai
chover, sairemos agora mesmo. Como fazia
frio, pegou o agasalho.
2)
Condicionais: introduzem
orações que estabelecem uma condição para que ocorra o que está expresso na
oração principal.
Principais
conjunções: se, caso, desde que, a menos que, salvo se, sem que, contanto que,
dado que, uma vez que.
Ex.: Explicarei a situação, se isso for importante para todos.
Caso me solicitem, escreverei uma nova carta.
Você será aprovado, desde que se esforce mais.
Sem que digas a verdade, não poderemos prosseguir.
Contanto que todos participem da reunião, os projetos serão
apresentados. Uma vez que ele tente, poderá alcançar o
objetivo.
3)
Concessivas: começam
orações com valor de concessão, isto é, ideia contrária à da oração principal.
Cuidado especial com essas conjunções! Elas são bastante cobradas em questões
de provas.
Principais
conjunções: embora, ainda que, mesmo que, conquanto, posto que, se bem que, por
mais que, por menos que, suposto que, apesar de que, sem que, que, nem que.
Ex.: Embora gritasse, não foi atendido.
Perderia a condução mesmo que acordasse cedo.
Conquanto estivesse com dores, esperou pacientemente.
Posto que me tenham convidado com insistência, não quis
participar.
Por mais que tentem explicar, o caso continua confuso.
Sem que tenha grandes virtudes, é adorado por todos.
Doente que estivesse,
participaria da maratona. Fale, nem que seja
por um minuto apenas.
4) Comparativas: introduzem orações com valor de
comparação.
Principais
conjunções: como, (do) que, qual, quanto,
feito, que nem.
Ex.: Ele sempre foi ágil como o pai.
Maria estuda mais que a irmã. (Ou do que)
Nada o entristecia tanto quanto o sofrimento de seu povo.
Estava parado feito
uma estátua.
Rastejávamos que
nem serpentes. Ele agiu tal qual eu
lhe pedira.
Observações:
a)
Geralmente
o verbo da oração comparativa é o mesmo da principal e fica subentendido. É o
que ocorre nos cinco primeiros exemplos.
b)
As
conjunções feito e que nem são de emprego coloquial.
5)
Conformativas: principiam
orações com valor de acordo em relação à principal.
Principais
conjunções: conforme, segundo, consoante, como.
Ex.: Fiz tudo conforme me solicitaram.
Segundo nos contaram, o jogo foi anulado.
Pedro tomou uma decisão consoante determinava a sua consciência. Carlos é inteligente como os pais sempre afirmaram.
6)
Consecutivas: iniciam orações
com valor de consequência.
Principais
conjunções: que (depois de tão, tal, tanto, tamanho, claros ou ocultos), de
sorte que, de maneira que, de modo que, de forma que.
Ex.: Falou tão alto que acordou o vizinho.
Gritava que era
uma barbaridade. (Gritava
tanto...)
Eu lhe expliquei tudo, de modo que não há motivos para discussão.
7)
Proporcionais: começam
orações que estabelecem uma proporção.
Principais
conjunções: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto (em correlações
do tipo quanto mais...mais, quanto menos...menos, quanto mais...menos, quanto
menos...mais, quanto maior...maior, quanto menor...menor).
Ex.: Seremos todos felizes à proporção que amarmos.
À medida que o tempo passava, crescia a nossa expectativa.
O ar se tornava rarefeito ao passo que subíamos a montanha.
Quanto mais nos preocuparmos, mais ficaremos nervosos.
Quanto menos estudamos, menos progredimos.
Quanto maior for o preparo, maior será a oportunidade.
8)
Finais: introduzem
orações com valor de finalidade.
Principais
conjunções: para que, a fim de que, que, porque.
Ex.: Fechou a porta para que os animais não entrassem.
Trarei minhas anotações a fim de que você me ajude.
Faço votos que
sejas feliz. (=
para que)
Esforcei-me porque
tudo desse certo. (= para que)
9)
Temporais: introduzem
orações com valor de tempo.
Principais
conjunções: quando, assim que, logo que, antes que, depois que, mal, apenas,
que, desde que, enquanto.
Ex.: Cheguei quando
eles estavam saindo.
Assim que anoiteceu, fomos para casa.
Sentiu-se aliviado depois que tomou o remédio.
Mal a casa foi reformada, a família se mudou.
Hoje, que não
tenho tempo, chegaram as propostas.
Estávamos lá desde
que ele começou a lecionar.
Enquanto o filho estudava, a mãe fazia comida.
10)
Integrantes: são as únicas
desprovidas de valor semântico; iniciam orações que completam o sentido da
outra; tais orações são chamadas de subordinadas substantivas.
*São apenas duas: que e se
Ex.:
É bom que o problema seja logo resolvido... Veja se ele já chegou.
Obs.: As
palavras que e se, nos exemplos acima, iniciam orações que funcionam,
respectivamente, como sujeito e objeto direto da oração principal.
Observações finais:
a)
Apesar de e em que pese a são locuções prepositivas
com valor de concessão. Ligam palavras dentro de uma mesma oração ou introduzem
orações reduzidas de infinitivo.
Ex.: Apesar
do aviso de perigo, ele resolveu
escalar a montanha.
Apesar de ventar muito, fomos para a pracinha.
Em que pese
a vários pedidos do gerente, o caixa não fez serão. Em que pese a ter treinado bem, foi colocado na reserva.
b)
Algumas conjunções coordenativas às vezes ligam
palavras dentro de uma mesma oração.
Ex. Carlos e
Rodrigo são irmãos.
Não encontrei Sérgio nem Regina.
Comprarei uma casa ou um apartamento.
Casos especiais:
*Você deve ter percebido que algumas
conjunções têm valores semânticos diversos. Vamos destacar algumas abaixo. A
classificação de suas orações depende disso, porém o mais importante é o sentido
da frase.
Mas
a)
Coordenativa
adversativa
Ex.: Pediu, mas
ninguém atendeu.
b)
Coordenativa
aditiva (seguida de também; equivale
a como)
Ex.: Não só dá aulas, mas também escreve. (= dá aulas e escreve)
...
a)
Coordenativa
aditiva
Ex.: Voltou e
brincou com o cachorro.
b)
Coordenativa
adversativa
Ex.: Leu o livro, e não entendeu nada. (= mas)
Pois
a)
Coordenativa
conclusiva
Ex.: Trabalhou a tarde inteira; estava, pois, esgotado. (= portanto)
b)
Coordenativa
explicativa
Ex.: Traga o jornal, pois eu quero ler.
c)
Subordinativa
causal
Ex.: A planta secou pois não foi regada.
Como
a)
Coordenativa
aditiva
Ex.: Tanto ria como chorava. (= Ria e chorava)
b)
Subordinativa
causal
Ex.: Como passou mal, desistiu do passeio. (=
Porque)
c)
Subordinativa
comparativa
Ex.: Era alto como um poste. (= que nem)
d)
Subordinativa
conformativa
Ex.: Alterei a programação, como o chefe determinara. (= conforme)
Porque
a)
Coordenativa
explicativa
Ex.: Não faça perguntas, porque ele ficará zangado.
b)
Subordinativa
causal
Ex.: As frutas caíram porque estavam maduras.
c)
Subordinativa
final
Ex.: Porque
meu filho fosse feliz, fui para
outra cidade. (= para que)
Uma vez que
a)
Subordinativa
causal
Ex.: Fiz aquela declaração uma vez que estava sendo
pressionado. (= porque)
b)
Subordinativa
condicional
Ex.: Uma vez que mude de hábitos, poderá ser aceito no grupo. (= Se mudar de
hábitos)
Se
a)
Subordinativa
condicional
Ex.: Se forem discretos, agradarão a todos. (=
Caso sejam discretos)
b)
Subordinativa
integrante
Ex.: Diga-me se
está na hora.
Desde que
a)
Subordinativa
condicional
Ex.: Desde
que digam a verdade, não haverá
problemas.
b)
Subordinativa
temporal
Ex.: Conheço aquela jovem desde que ela era um bebê.
Sem que
a)
Subordinativa
condicional
Ex.: Não será possível o acordo, sem que haja um debate equilibrado. (=
se não houver...)
b)
Subordinativa
concessiva
Ex.: Sem
que fizesse muito esforço, foi
aprovado no concurso. (= Embora não fizesse...)
Porquanto
a)
Coordenativa
explicativa
Ex.: Ele deve ter chorado, porquanto seus olhos estão vermelhos.
b)
Subordinativa
causal
Ex.: Ficamos animados porquanto houve progresso no tratamento.
Quanto
a)
Coordenativa
aditiva
Ex.: Eles tanto criticam quanto incentivam. (= Eles criticam e incentivam)
b)
Subordinativa
comparativa
Ex.: Ele se preocupa tanto quanto o médico.
Que
a)
Coordenativa
adversativa
Ex.: Diga tal coisa a outro, que não a ele. (= mas não a ele)
b)
Coordenativa
explicativa
Ex.: Faça as anotações, que você estudará melhor.
c)
Subordinativa
causal
Ex.: Nervoso que
se encontrava, não conseguiu assinar o documento.
d)
Subordinativa
concessiva
Ex.: Sujo que
estivesse, deitaria na poltrona. (= embora)
e)
Subordinativa
comparativa
Ex.: É mais trabalhador que o tio.
f)
Subordinativa
consecutiva
Ex.: Era tal seu medo que fugiu.
g)
Subordinativa
final
Ex.: Ele me fez um sinal que eu não dissesse nada. (= para que)
h)
Subordinativa
temporal
Ex.: Agora, que
já tomaste o remédio, sairemos. (= quando)
I) Subordinativa integrante
Ex.: Queria que
todos fossem felizes.
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