Você está lembrado daquela turminha famosa do Sítio do Picapau Amarelo, que partiu para um passeio ao País da Gramática? Pois é. Entre outras coisas interessantes, eles se defrontaram com “a palavra mais comprida da língua”. Vamos aos fatos.
“Era uma curiosidade de museu que ali estava em exibição pública. Um grande letreiro dizia: ‘A palavra mais comprida da língua. Entrada franca’.
Os meninos precipitaram-se para ver o fenômeno e de fato viram num cercado de arame, espichada no chão que nem jibóia, a palavra anticonstitucionalissimamente.
— Irra! — berrou a boneca. — Uma, duas, três, quatro... Vinte e nove letras tem este formidável advérbio!...
— Treze sílabas! Cáspite!... acrescentou Pedrinho.”
LOBATO, Monteiro. Emília no País da Gramática. 11. ed. São Paulo: Brasiliense. P. 43.
De fato, a palavra citada na narrativa de Monteiro Lobato é bastante comprida. Mas além desta, andou-se falando por aqui e por ali, sobre a existência de outra palavra imensamente mais extensa que aquela encontrada pela turminha do famoso sítio. É a palavra pneumoutramicroscopicossilicovulcanoconiótico, de quarenta e cinco letras, que dizem ser o estado em que uma pessoa fica quando aspira cinzas vulcânicas, diz-se que é uma doença.
Uma palavra como esta, que pode até constar em um ou outro dicionário de termos técnicos de determinadas áreas das ciências, mas pelo fato de ainda não estar devidamente reconhecida pelos gramáticos e dicionaristas, não pode ser efetivamente aceita no vocabulário usual da língua portuguesa falada e escrita.
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