domingo, 28 de junho de 2015
Dom Casmurro
Dados sobre o autor e a Obra:
Autor: Machado de Assis
Título da Obra: Dom Casmurro
Editora: Ática
Edição: 32
Sobre o Autor: Ele nasceu em 21 de junho de
1839.
No ano de 1899 no dia 31 de dezembro no RJ. Numa passagem ano novo.
Numa virada do século. Reforçam-se as crenças nas mudanças e também cristaliza-se
o medo do desconhecido. Era Joaquim Maria Machado de Assis mas era conhecido
como Machado de Assis, isso em 1899.
A vida dele era normal, não era rico mas se vivia confortavelmente, trabalhava
bastante, era respeitado e famoso. Quando criança era pobre, neto de escravos
alforriados, nascido no morro e desde de cedo sentiu as primeiras manifestações
da epilepsia. Na época o RJ era diferente do que conhecemos hoje, e possuía
iluminação a gás mas só no centro, e a cidade não cheirava bem com águas
podres, e com um transporte muito precário para uma população de 300 mil
habitantes e metade era escravos.
Numa sociedade marcada pelas divisões sociais muito
rígidas, como já era na época aqui no Brasil na época de Machado de Assis. E
seu destino já estava marcado pela raça e até pela possibilidade ou não de frequentar
escolas. Joaquim Maria era menino de subúrbio e a vida intelectual do subúrbio
era muito diferente da vida intelectual da corte. Era isso que atraía Machado
de Assis.
No dia 6 de janeiro de 1855, a Marmota Fluminense, jornal
de notícias, variedades e etc. Publicou o poema "A Palmeira". Era
apenas o começo para a estreia literária de Joaquim Maria Machado de Assis. O
jornal que foi publicado o poema era o ponto de encontro dos escritores da
época. E foi ganhando e protetores como Paula Brito e sua carreira foi
crescendo.
Logo Machado de Assis era membro da redação da Marmota
Fluminense. E outros jornais passaram a publicar seus trabalhos. Machado de
Assis, homem da cidade, cada vez se distanciava mais de Joaquim Maria, Menino
de subúrbio. Nas roupas, na postura, na expressão. E os meios literários da
Corte se tornava-se pouso a pouco, terreno mais conhecido para ele. E ele se
tornava mais conhecido nesse terreno. Machado de Assis surpreendia por um
estilo sutilmente irônico e logo ia se tornar marca registrada de sua obra.
Machados de Assis cronista escreveu para diversos jornais, mas não se vá
imaginar que no Brasil da época era possível viver de escrever, e para
sobreviver aceitou um emprego público que lhe garantia o sustento. Durante 40
anos Machado escreveu suas crônicas. Utilizando-se de histórias do dia a dia, o
escritor ia refletindo sobre a História que se desenhava à sua volta. E com o
decorrer do tempo Machados de Assis trabalhou e vários lugares e escreveu
vários livros. Machado de Assis morre já velho com infecção intestinal e já estava
com a vista fraca, morreu às 3 h e 20 min da madrugada do dia 29 de setembro de
1908.
Das Personagens:
Bentinho: Personagem principal, narrado
em 1a pessoa, garoto que se torna homem desenrolar do conto.
Capitu: Musa de Bentinho. Foi sua
vizinha, amiga e companheira de infância. A razão por qual Bentinho não ter
vontade de ir para o Seminário. Acaba sendo sua mulher. Bonita e Tentadora.
Dona Glória: Mãe de Bentinho. Amorosa com o
filho e Temente a Deus.
Tio Cosme e Prima Justina: Parentes da Mãe de Bentinho. Que moraram na casa desta. Servindo de
Companhia para a mesma.
José Dias: Agregado da Família de
Bentinho. Falso médico, que por agradecimento ficou morando na casa destes.
Como companhia e como empregado faz-tudo. Sendo fiel e servidor a estes.
Escobar: Melhor Amigo de Bentinho, que
se conheceram no seminário. Se torna comerciante. Casa-se com a melhor amiga de
Capitu: Sinhá Sancha.
Ezequiel: Filho de Bentinho e Capitu.
Nascido depois de muito tempo de tentativas de ter um filho. Leva esse nome em
homenagem ao primeiro nome de Escobar.
Do Enredo:
O enredo trata-se de 3 áreas. Cada uma ligada diretamente
na outra.
Trata-se:
1.
Bentinho em sua casa. Antes de Ir
para o seminário. Tendo Encontros com Capitu. Tentando escapar da profissão de
padre.
2.
Bentinho no seminário. Quando
conhece Escobar. E faz visitas a sua casa todo fim de Semana.
3.
Bentinho no casado e um tempo depois
da separação. Tem o chamado Clímax quando se casa com Capitu, tem um filho, e
começa ter a desconfiança que o filho não é dele.
Da Mensagem:
A obra é um conto, não sendo educativo em si. Mais tem
partes comparativas com Deuses greco-romanos e a passagens do "OTELO"
de Shakespeare, tendo aí a conclusão que Machado de Assis não fez só um conto,
fez uma obra com conteúdo cultural. Mais a mensagem que o grupo concluiu, foi
no sentido de lição de moral é de "Que as vezes não confie no seu melhor
amigo e nem em uma companheira de Infância", isto sendo sobre o caso
Capitu-Escobar.
Do Estilo e do Ambiente:
Foi uma obra no estilo literário Realismo Brasileiro. Que
se passava em uma classe média-alta no final do Século Passado, se passando no
Rio de Janeiro. Portanto as palavras ditas regionais não se sucederam, somente palavras
usadas na época, em desuso atualmente, chamaram a atenção mais não houve a
necessidade do uso de dicionários para se ler a obra, porque além de ter o
vocabulário, as palavras não eram tão desconhecidas.
Conclusão
A obra não foi de todo bom, nem ruim. É apenas um conto
que se fosse escrito atualmente poderia ser considerado um conto nada original.
A história de um rapaz fugindo da vocação de padre imposta pela mão e um triângulo
amoroso, são temas comuns em programas de televisão, que talvez tenham se
inspirado na obra, ou talvez não. Mais assim mesmo a obra tem um conteúdo nada
mal porque mostra a sociedade brasileira no século passado.
Resumo do Livro
O autor conta a vida de um garoto no final do Século
Passado, brilhantemente narrado em 1a pessoa, deixando a dúvida se estes acontecimentos
aconteceram ou não na vida do autor
No começo ele foi ele diz porque foi apelidado de Dom Casmurro,
o (Casmurro) porque o povo achava ele um homem calado e metido consigo. E (DOM)
veio por ironia para atribuir-lhe o brilho da nobreza
O pai dele estava numa antiga fazenda em Itaguaí e o
Bentinho (Dom Casmurro) onde acabava de nascer, quando o seu pai estava mal de saúde
e na obra do acaso apareceu um médico homeopata chamado José Dias e o curou e
não quis receber remuneração e então o pai de Bentinho propôs que José Dias
ficasse ali vivendo com eles, com um pequeno ordenado. Ele foi embora mais dizendo
que voltava dali a alguns meses, voltou em 2 semanas e aceitou viver na casa
tendo a serventia de médico da casa. O pai dele foi eleito deputado e foram
para o Rio de Janeiro com a família, José Dias veio também tendo o seu quarto
no fundo da chácara.
Seu pai voltou a ficar doente com uma febre alta, nisso
José Dias confessou-se que não era médico, mais a medicina homeopata o agradava
e era uma ciência em crescimento. Seu pai logo depois acabou morrendo. Mesmo
assim a mãe de Bentinho pediu para José Dias que ficasse. Sua Mãe que se
chamava
Daí conta a história que depois de perder seu primeiro
filho Dona Glória fez uma promessa que se o nascesse um filho, ela faria um
padre em agradecimento à Deus.
Capitu, que era sua vizinha, e bentinho, ainda novos
brincavam de fazer missa dividindo a hóstia, etc. Ele começou a gostar de
Capitu sem ela saber. Ele descobriu que ela também gostava dele quando leu no
muro o nome "Bento e Capitolina" rabiscados com um prego.
Bentinho por várias razões prometia que ia rezar mil
Padre-Nossos e mil Ave-Marias como promessa. E os desejos se realizavam e as
promessas se acumulavam, não cumprindo nenhumas.
Ele faz tudo o que a mãe, até cocheiro de ônibus ele
seria, menos padre mesmo sendo uma carreira bonita não era para ele essa
vocação.
Bentinho começou a se encontrar nas escondidas com Capitu
correndo até o perigo de serem vistos juntos se beijando.
Sua mãe já estava decidia que Bentinho iria entra no
seminário com o padre Cabral e que ele iria ver a família aos sábados e aos
feriados. Então estava decidido ele iria para o seminário no primeiro ou no
segundo mês do ano que vem, que só faltava 3 meses para ir para o seminário.
Capitu ficou triste de saber que ele iria e ficou com medo que acaba-se o amor entre
eles. Ainda faltava um tempo, para ele se despedir para ir embora e eles já
faziam juramento um para o outro que quando ele voltar iriam se casar e por
qualquer motivo de doença ou alguma coisa desse tipo ele voltaria a qualquer
hora.
Bentinho tentou junto com Capitu várias ideias
mirabolantes para fugir do seminário até pedir ao Imperador para falar para a
mãe dele esquecer da Ideia. Mais nunca deu certo. Falou com José Dias para
convencer sua mãe, de poucos em poucos. Isso alegrou José Dias que viajaria com
Bentinho para a Europa para estudar nas melhores escolas do mundo.
Mais foi tudo em vão, ele teve que ir logo para o
seminário.
Meses depois foi para o seminário de S. José. O padre
Cabral falou que se dentro de dois anos ele não tiver vocação para isso poderá
escolher outra coisa.
Todo mundo que estava de acordo com que ele fosse para o
seminário agradeceu ao padre em ter convencido Bentinho, e que qualquer problema
estava à disposição. Bentinho foi para o seminário mas com ressentimento de
arrependimento. Ele só estava pensando em sair de lá.
Mais se passou alguns meses e ele queria que escapar de
lá antes de completar o prazo do Padre Cabral. Estava louco para ir para casa
até que arranjou um sábado que desse para ele ir até casa.
Capitu estava mesmo apaixonada por Bentinho e seus planos
era esperar ele sair do seminário para se casar. Bentinho estava preocupado
porque foram buscar ele no seminário e ele logo pensou que seria alguma coisa de
ruim e não deu outra sua mãe ficou doente estava por um fio entre a vida e a
morte, e para Bentinho isso era péssimo porque era sua mãe, mas por outro lado
era bom que com a morte da mãe ele sairia do seminário, mais iria ficar cheio
de remorso. Mas até ai correu tudo bem sua mãe acabou melhorando.
Bentinho conheceu Escobar, um amigo que encontrou no
seminário e era o único que ele podia contar seus segredos, fora Capitu que
estava apaixonada por ele mais estava longe dele.
Bentinho não aguentava mais ficar no seminário ele teria
que sair dali de qualquer jeito estava lhe tornando impossível ficar só
pensando em Capitu e as coisas que pudera fazer lá fora.
Bentinho foi para casa e perguntou aonde que estava
Capitu e sua mãe falou que ela tinha ido dormir na casa de Sinhazinha Sancha
Gurgel que é sua amiga e mora na rua dos Inválidos. A Prima Justina insinuou
que ela foi para lá para namorar, deixando Bentinho louco de ciúme. Viu que Capitu
estava demorando Bentinho esperou dar onze horas e correu para à rua dos
Inválidos. Lá quando chegou viu o velho Gurgel preocupado com o estado de saúde
de sua filha Sancha. Entrando viu Capitu cuidando da febre de Sancha. O velho
Gurgel até comentou como Capitu parecia com sua falecida mulher e como ela
ainda seria uma boa mãe.
Vendo que Capitu não estava flertando com outros garotos,
Bentinho ficou mais sossegado.
Assim foi passando o tempo, com intermináveis semanas no
seminário e com fins-de-semana de descanso em casa. Escobar foi até a casa de Bentinho
algumas vezes.
Teve uma hora que Bentinho não aguentou conversou com
Capitu sobre fugir do seminário. Com ideias de mandar José Dias até o papa para
cancelar a promessa. Mais Capitu acabou com essa ideia. E mandou pensar bem
antes de cometer qualquer loucura.
Então Bentinho foi pedir a opinião de Escobar sobre a ideia
do papa.
Então Escobar teve a grande ideia que conseguiu tirar
Bentinho do seminário. A Ideia que Escobar teve foi levar a promessa ao pé da
letra.
"Se Tiver um filho, farei um padre", na
promessa diz que "fará um padre", não especificando que seria seu
filho.
Esse argumento serviu para Dona Glória, que pegou um
órfão para ordená-lo padre. Assim depois de um tempo ambos saíram do seminário.
O livro pula a época que não houve nada de importante e
vai para logo depois quando houve o casamento de Bentinho + Capitu e Escobar + Sancha
Gurgel.
O tempo passou todos relativamente felizes, Bentinho se
formou em Direito e Escobar estava no ramo do comércio. Tempo depois Escobar teve
uma filha que chamou de Capitu.
Depois de muitas tentativas falhadas, Capitu e Bentinho,
não conseguiram ter um filho. Capitu até chamou Escobar para acertar as contas
para que se logo tivessem o filho já teriam tudo pronto.
Meses depois conseguiram finalmente ter um filho que
respectivamente o chamaram de Ezequiel que era o primeiro nome de Escobar, como
se fosse uma homenagem trocada. Depois disso com laço de união das famílias,
até planejavam uma viajem para a Europa, com as duas famílias.
Mais no dia seguinte em una trágica manhã, Bentinho
sentou-se na sua sala para estudar os processos que usaria no seu trabalho
notou a fotografia de Escobar que tinha em casa e notou uma estranha semelhança
entre Escobar e seu filho, mais foi interrompido quando um escravo bateu na
porta e que deu a notícia que Escobar teria morrido afogado na praia.
Assim Bentinho esqueceu sua desconfiança e foi ver o
corpo na praia.
Logo ocorreu o enterro, Bentinho fez até um discurso
sobre o morto tão bom que queriam publicá-lo. Mais sua dúvida continuava sobre
a semelhança entre o falecido e seu filho.
O tempo passou e sua desconfiança foi aumentando. Depois
de fazer alguns cálculos de tempo, teve quase certeza daqueles encontros de Escobar
e Capitu quando eles tinham que fazer aquelas contas. E também porque as
semelhanças também estavam aumentando.
O sentimento de Traição era horrível e Bentinho até
tentou se suicidar, mais notou que apesar de Ezequiel poderia se um filho
bastardo, lembrou que havia ainda o sentimento amoroso entre pai e filho. Isso
fez Bentinho esquecer da tentativa de suicídio e partir para uma separação
amigável com Capitu.
Viajou com sua família para a Suíça, voltando depois,
deixando os lá para que o filho tivesse boa educação. Assim depois de um bom
tempo Capitu lá morreu e Ezequiel voltou para contar as novidades para o pai.
Assim Ezequiel voltou já grande e formado em arqueologia,
agora idêntico a Escobar. Contou que sua mãe foi enterrada na Suíça e que ele já
estava de partida para o Oriente Médio para fazer um estudo sobre as pirâmides.
Algum tempo depois recebeu a notícia que Ezequiel morrera
lá de febre tifoide e foi enterrado em terreno sagrado.
Acabando aí, o autor enfatiza a ideia que seu conto não
passo de uma História de Subúrbio. Coisas que acontecem todo dia, que faz parte
do cotidiano da humanidade.
Escobar - Ezequiel - Bentinho
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