"Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam. E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles".

sábado, 26 de fevereiro de 2011

EU NÃO SABIA QUE ERA ERRADO...

 Um professor pediu demissão da escola depois que um aluno adolescente interrompeu uma reunião e tentou esfaqueá-lo”.  Uma das notícias do jornal nacional de 08/02/2011.
Mas onde estamos!...
Quando me formei em 1982 no extinto curso Magistério (equivalente ao ensino médio, profissionalizante), houve em minha casa uma grande festa. Lembro-me do meu avô, orgulhar-se em dizer aos amigos e vizinhos – “a minha neta é professora”. Fico imaginando o que ele diria hoje, talvez: “Coitada da minha neta, formou-se professora”, ou ainda, “minha neta que é professora precisa de seguro de vida para exercer sua profissão”.
A televisão tem apresentado um comercial que valoriza a figura do professor, mas não será suficiente se antes de se demonstrar o “VALOR” do professor, não for devidamente informado, demonstrado, e aplicado tudo sobre os DEVERES das crianças e dos adolescentes. Tenho visto muitos pais esbravejarem os direitos de seus filhos, outros acuados e algumas vezes amedrontados com o perigo de serem “presos e condenados”, por tomarem a atitude de educar seus filhos com palmadas corretivas, coisa aliás que muitos de nós recebemos e merecemos, contudo não nos frustramos, tão pouco nos desequilibramos e, muito pelo contrário somos pessoas do bem, valorizamos a honestidade, nos preocupamos com nossa imagem e reputação, gostamos de trabalhar, nos reunir com amigos, somos prestativos e temos muito prazer nisso tudo.
Os direitos estão tão à frente dos deveres, que hoje vemos jovens fortes, robustos, bem alimentados (até de mais às vezes), sentados confortavelmente, enquanto que mulheres gravidas ou com crianças de colo, idosos, ou pessoas mais velhas em pé e, esses jovens têm tanta certeza de seus “direitos”, que não se lembram que as outras pessoas também têm os mesmos direitos, alguns chegam a olhar para os mais velhos com um ar de descaso como se dissessem (você já tá velho de mais, é um desocupado, não precisa sentar), tomara que ele não precise se sentar quando chegar a velhice, se chegar.
Estamos criando “pequenos grandes monstros” que, muito em breve não se suportarão a si próprios. Está passando da hora de ensinarmos e exigirmos que as pessoas conheçam melhor e apliquem adequadamente os DEVERES e só se preocupem com os direitos quando uma situação lhes trouxer prejuízos, como era em nosso tempo de criança.
Além disso, precisamos definir corretamente os papeis, pois não é papel do professor ensinar aos nossos filhos os princípios de educação, aquela palavrinhas chamadas “mágicas” (por favor, obrigada, com licença, etc.) tão pouco ensinar que não se mexe no que não é seu porque você não tem o direito de fazer isso, mas tem o dever de respeitar o que é do outro.
Os pais não chamam a atenção dos filhos que fazem malcriação a outras pessoas e quando esses são repreendidos os pais se ofendem e vão defender os filhos como se ameaçar um professor, responder a uma pessoa mais velha ou ficar falando palavrões fosse a coisa mais linda e correta do mundo. Pais aprendam uma coisa importante, se você não ensinar o correto, quem vai sofrer será o seu filho, porque em algum momento da vida ele terá que pagar pelos erros, poderá ser excluído, porque afinal de contas ninguém gosta de conviver o tempo todo com pessoas “mal educadas” e talvez você não esteja lá para defende-lo, ou a justiça fará a acusação a sua revelia. Aí você corre o risco de ter que ouvir: “Mas você nunca me disse que isso era errado”, e então será tarde de mais.
Existe uma frase muito usada por mães do meu tempo que diz assim “É melhor você chorar hoje do que eu chorar amanhã”. É a frase mais inteligente que eu já ouvi para uma mãe e um pai dizerem aos seus filhos. Certamente se os pais daquele menino o tivesse deixado chorar ao invés de fazerem todas as suas vontades, se tivessem usado da “palmada” (não o espancamento), na hora certa, ou ainda do “castigo”, hoje eles não seriam manchete negativa no telejornal de maior repercussão do país, contudo, hoje são eles que choram, mas, acreditem, esses pais irão buscar a “justiça” para defender o seu filho e o professor AMEAÇADO, ainda será culpado, porque a justiça é cega, surda, muda, porém burra.
É sempre melhor ensinar do que lamentar...

http://meuplugedu.plugedu.com/profiles/blogs/eu-nao-sabia-que-era-errado

Um comentário:

Marisa Mattos disse...

Passando pra marcar presença e matar a saudade...Bom domingo!!!!