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A percepção das diferenças individuais é fator condicionante para a melhoria da relação professor/aluno. Nesse sentido, é importante que o professor saiba quem são seus alunos, não apenas do ponto de vista da escolaridade, mas também do socioeconômico. Assim, poderá criar condições para o desenvolvimento de suas potencialidades e sua inserção no mundo acadêmico.
O estudante que acaba de ingressar na universidade está extremamente motivado pelo novo desafio e tem muitas expectativas em relação ao curso e ao ambiente universitário. Portanto, é preciso não frustrá-lo, mantendo seu entusiasmo, interesse e envolvimento em todas as atividades acadêmicas do curso e da instituição.
Para ter um ambiente de aprendizagem estimulante, é importante que o professor explique sempre o porquê e o para quê do tema que está sendo desenvolvido, sua conexão com a vida real e em especial com a profissão escolhida, procurando dar ao aluno uma visão geral de sua área de formação.
O aluno inicia seu curso, e sua carreira universitária, com um alto grau de expectativa. Não sabe exatamente o que esperar, não tem condições de avaliar sua própria capacidade de sucesso, mas tem receio de fracassar. A primeira avaliação do ensino/aprendizagem não deve, portanto, demorar a acontecer, porque o aluno irá criando uma ansiedade que acabará sendo prejudicial ao seu desempenho escolar.
O conteúdo do programa deve ser ministrado gradativamente. Essa é uma condição essencial para a superação das dificuldades do aluno. Por isso, cada dificuldade deve ser enfrentada a seu tempo e a sua vez. Inicialmente, o professor deve se valer dos resultados obtidos no processo seletivo para se certificar do nível de entendimento dos alunos. Caso esses dados não sejam suficientes, deve-se realizar uma pequena avaliação específica dos pré-requisitos necessários para a disciplina.
É importante fazer sempre uma revisão dos conceitos necessários e indispensáveis (ainda que se suponha que os alunos já deveriam sabê-los) antes de introduzir um assunto novo. Admitir, a priori, que o aluno tenha conhecimento prévio das bases necessárias é um equívoco que pode redundar em um desestímulo e consequente fracasso.
Cada área do conhecimento tem certos mecanismos de elaboração do raciocínio. Os alunos, na sua grande maioria, não têm essa formação, não sabem como começar a pensar, como desenvolver afirmações, como justificar procedimentos.
O professor precisa, então, criar mecanismos e condições para que o aluno possa desenvolver habilidades de raciocínio, aprender a aprender, aprender a pensar e aprender a elaborar questões.
Cabe ao aluno buscar a solução dos problemas e, ao professor, orientar e ajudá-lo a superar as suas dificuldades e limitações. O aluno não é, e nem pode ser, mero espectador de sua própria aprendizagem. É necessário que seja um partícipe nesse processo. Portanto, seu envolvimento é essencial para a construção do conhecimento. O professor deve, sempre que possível, exercitar a prática profissional por meio de problemas reais.
O aluno precisa ser informado sobre o programa, bibliografia, critérios utilizados pelo professor, metodologia de condução das aulas e do curso; conteúdo a ser exigido nas avaliações; duração de cada avaliação, os critérios de correção, o gabarito das questões. Estas informações são fundamentais para o desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem e para a adequada relação professor/aluno.
O professor deve orientar academicamente o aluno a estudar, a elaborar um relatório, a redigir corretamente um texto, a realizar pesquisa bibliográfica etc. Deve também contribuir com a orientação profissional, dando conhecimento das atividades de sua (professor) área de trabalho e das perspectivas da profissão escolhida.
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