"Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam. E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles".

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Literatura erótica nas escolas

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Nesta oportunidade pretendo versar sobre a questão da literatura erótica nas escolas públicas, e em especial, nas unidades escolares da Rede Oficial de Ensino do Estado de São Paulo.
Tratar do erótico é sempre um tema controverso, isto porque é um tema que tangencia uma presença oculta na religião e na filosofia, faz parte da existência de tabus e transgressões humanas em que, por desdobramentos, fecundam as raízes de obscenidades como orgias, sacrifícios, incesto e prostituição.
Pois bem, tratado por alguns apenas e unicamente pelo fato de permear imagens de corpos em proposição do ato sexual, cabe lembrar que o erótico vai muito mais além, examinado e esmiuçado em muitas das áreas do conhecimento humano com estudos independentes que tratam da psicanálise e literatura, é possível inferir que exista um enorme hiato entre o pensar erótico e o pensar pornográfico, sendo que enquanto este é saudável, aceitável e profundo, resgatando das mitologias e origens dos espécimes viventes os conceitos que atravessam do nascimento, a vida e a morte, aquele é pernicioso por destruir a pureza e a beleza que existe na inexplicabilidade do Eros e das relações amorosas, por assim dizendo, o pornográfico é simples e puramente a deturpação do erótico.
Conforme afirma o pensador francês Georges Bataille ao apregoar que o erotismo é a experiência que permite ir além de si mesmo, superando a descontinuidade que condena o ser humano, “entre todos os problemas, o erotismo é o mais misterioso, o mais geral, o mais distante”.
Voltando à questão da literatura erótica nas escolas, a informação de que um grupo de pais, no município de Jundiaí/SP, pediu ao Ministério Público o recolhimento do livro “Cem melhores contos brasileiros do século”, distribuído em escolas da rede pública para os alunos da terceira série do ensino médio, pelo fato de que, segundo esses pais, o conto “Obscenidades de uma dona de casa”, do escritor Ignácio de Loyola Brandão, conter uma linguagem inapropriada para os estudantes.
Ora, bolas! É evidente que a Secretária da Educação, bem como o próprio autor do conto e inúmeros outros interessados nas questões educacionais e literárias saíram em defesa da opção pela escolha dos livros, entre tantos outros, que foram doados para os discentes, para isso, lembrou-se de que o referido conto já foi tema de vestibular. Além do mais, segundo diversos educadores, a linguagem encontrada no texto não se difere da praticada no universo dos jovens. Como exemplo, foram apontados os livros da série “Crepúsculo” que, conforme afirma o autor, também apresentam conteúdos como: erotismo, vampirismo, demonismo etc., entretanto, são excessivamente endeusados pelo público infanto-juvenil e não sofrem restrições alguma por parte dos pais mais conservadores.
Se por um lado o inconformismo dos pais (e responsáveis) denota certo caretismo e desconhecimento das tendências literárias voltadas para o público jovem, é também certo que esse tipo de abordagem merece ser tratado como mais uma forma de aproximar aqueles pais que até então não procuravam saber o que se passa na rotina dentro dos muros escolares. O fato é que um enorme número de famílias não apresenta estruturação suficiente para acompanhar o desenvolvimento escolar nas escolas hodiernas, e talvez esta seja uma boa oportunidade para que pais e filhos tratem de temas como educação sexual, gravidez, aborto etc.
Conforme divulgado na mídia, em Santos/SP, o conto teria sido lido em sala de aula e gerado indignação em uma jovem. Pois bem, um gênero textual com esse tema, é evidente que não se aconselha a leitura compartilhada, justamente em um ambiente de ensino. Cabe aos pais e professores orientar os estudantes para que esse tipo de leitura seja praticado em reservado num momento oportuno.
Se a leitura foi feita por algum professor ou sob a orientação de deste, certamente observar-se-á um caso de desconhecimento da adequada performance magisterial, que aconselha todo professor a examinar previamente o conteúdo do material a ser trabalhado durante a aula. O que não pode acontecer de maneira alguma é a tentativa de escandalizar a sociedade a partir de um texto literário, seja por desconhecimento ou com o objetivo único e exclusivamente de denegrir os profissionais da pasta da educação a fim de se obter vantagens político-eleitoreiras.
Para o autor, o texto, que já foi publicado em dez línguas e virou vídeo e monólogo teatral, não é obsceno. O conto, narra a história de uma mulher que recebe cartas de um desconhecido, e é baseado em uma história real, que teria acontecido com uma vizinha do escritor. "Ele é erótico, é sensual, mas é poético. Não existe obscenidade na arte, a não ser quando ela é pornográfica, e isso é a última coisa que o conto é", afirma.
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sábado, 28 de agosto de 2010

Literatura erótica

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Os 10 livros mais quentes para ler na cama
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ATENÇÃO: ESTE CONTEÚDO POSSUI TEOR SEXUAL E É IMPRÓPRIO PARA MENORES DE 18 ANOS.
Nenhum lugar como a nossa cama. É boa para dormir, namorar, transar, ver um filme agarradinho e, por que não?, ler. E não estamos falando de jornais ou livros do trabalho, mas de romances eróticos que fazem a imaginação ir às alturas. Fizemos uma seleção de dez livros que você vai ler na cama sem correr o risco de dormir na terceira página.
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1. "A vida sexual de Catherine M." , de Catherine Millet, Ediouro.
É um best-seller mundial em que a renomada crítica de arte Catherine Millet revela em detalhes a sua vida sexual, bem livre aliás, com direito a orgias com mais de 150 pessoas, transas com 40 homens ao mesmo tempo e flertes com outras mulheres e travestis. Muitas críticas reclamam que a linguagem do livro é fria e distanciada.
Leia um trecho: "Nunca faço rápido demais no início, prefiro cobrir todo o comprimento do membro, mantenho o ritmo moderado. Tenho um sentimento inefável de controle: é incrível como uma minúscula vibração da língua pode despertar uma resposta desmedida".

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2. "A casa dos budas ditosos", de João Ubaldo Ribeiro, Objetiva Editora.
O livro foi adaptado pelo dramaturgo Domingos de Oliveira para o teatro em um monólogo encenado por Fernanda Torres. Conta as histórias da uma baiana de 68 anos que decide revelar detalhes da sua vida sexual, entre reflexões sobre o sexo e seus tabus.
Leia um trecho: "(...) e eu doida que ele gozasse na minha boca e ele acreditando naquela frescura preliminar do ‘essa coisa que espirra' e tirando o pau fora de minha boca para gozar na minha mão, até que não agüentei e grunhi ‘goze na minha boca!' e reenfiei o pau dele tanto quanto pude na boca e só parei quando senti ele gozando quase em minha garganta".

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3. "Kama Sutra", de Vatsyayana, Ediouro
O mais clássico dos livros que falam sobre sexo, o Kama Sutra fala também de amor. E tem linguagem que beira o científico. Está disponível para download na Internet.
Leia um trecho: "Quando o amor se intensifica, entram em jogo as pressões ou arranhões no corpo com as unhas. As pressões com as unhas, entretanto, não são comuns senão entre aqueles que estejam intensamente apaixonados, ou seja, cheios de paixão. São empregadas, juntamente com a mordida, por aqueles para quem tal prática é agradável".
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4. "Minha vida de stripper", de Diablo Clody, Nova Fronteira.
A roteirista do filme Juno conta sem melindres sua experiência profissional como stripper. É um livro com linguagem contemporânea, tiradas sarcásticas e sem julgamento de valores. E o melhor: não é brega!
Leia um trecho: "Meu companheiro e eu compramos uma lap dance cada um, aquele lance em que as garotas dançam e se esfregam diretamente no cliente, e trocamos cômicos olhares de animação e pânico enquanto as strippers giravam passivamente sobre nossas respectivas virilhas. Minha stripper, uma garota andrógina de cabelos raspados e com um vestido de látex, era uma fonte indiferente e ineficiente de calor. Quando ela se inclinou para a frente e abriu a bunda para me mostrar o olho do cu, eu disse: ‘Gostei das suas botas'".
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5. "O Doce Veneno do Escorpião", "O que aprendi com Bruna Surfistinha" e "Na cama com Bruna Surfistinha", de Raquel Pacheco, Panda Books.
Os três livros lançados pela ex-garota de programa Bruna Surfistinha fizeram o maior sucesso e foram traduzidos para outras línguas. O primeiro deles vai ganhar as telas de cinema, com Deborah Secco como protagonista. Abaixo um trecho do terceiro livro, que dá dicas de como fazer com que seu homem nunca procure uma garota de programa.
Leia um trecho: "Se quer encarnar totalmente uma garota de programa, vou dar uma boa idéia: vista-se bem, gostosinha, com uma saia curta, uma blusa meio transparente e vá para a rua. Ligue para ele e diga que está esperando em tal lugar. Quando ele chegar, debruce-se no vidro do carro e mostre o decote na hora de ‘combinar o preço'. Deixe que veja apenas o biquinho do seio, nada mais. Mostre, mas não facilite, como faria uma garota de programa de verdade. Ele vai ficar com o maior tesão. Se você não quiser ir para a rua, pode criar outras situações: ele te liga como se não te conhecesse, marca um programa e combina o motel onde se encontrarão."
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6. "O Diário de Marise" e "100 segredos de uma garota de programa", de Vanessa de Oliveira, Matrix Editora.
Na mesma onda de Bruna Surfistinha, a ex garota de programa Vanessa de Oliveira relata suas experiências com mais de cinco mil clientes, dá detalhes sobre sua ex-profissão e faz revelações sobre o comportamento masculino.
Leia um trecho:
"A melhor mulher do mundo: a da vida!
O homem mais necessário do mundo: o cliente.
O homem mais especial: aquele que ela ama.
O homem inesquecível: aquele que pagou por ela mais do que ela mesma achou que valesse.
O ídolo: Onassis (nunca ninguém gostou tanto de pagar mais caro pelas mulheres).
A santa predileta: Maria Madalena.
O conto infantil mais excitante: Peter Pan, aquele menino safado, cheio de energia e lindo.
Filosofia de vida: tirar o máximo de dinheiro do cliente em pouco tempo e com o mínimo de esforço.
A primeira grande invenção do século: preservativo.
A segunda grande invenção do século: gel lubrificante.
A pior invenção do século: Viagra.
O pior dia: domingo (não tem cliente).
O melhor dia: segunda (todos eles vêm).
O melhor encontro: várias mulheres com um homem só (dá menos trabalho).
Os melhores momentos do sexo com o cliente: o fim e o pagamento no início.
Os piores momentos do sexo com o cliente: o início, durante e o pagamento só no final.
Do que gosta toda mulher (sendo ela "da vida" ou não): dinheiro.
Do que gosta todo travesti: homens (dinheiro é obsoleto).
Do que gosta todo homem: mulheres e dinheiro (para conseguir mais mulheres).
O pior cliente: bêbado (nunca vai embora).
O melhor cliente: o apressado (vai embora rapidinho).
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7. "Lolita", de Vladimir Nabokov, Companhia das Letras.
A obra criou a imagem da ninfeta, a menina novinha que desperta o interesse dos marmanjos. O livro, cuja primeira edição é de 1955, virou filme com o mesmo nome.
Leia um trecho: "Lolita, luz de minha vida, labareda em minha carne. Minha alma, minha lama. Lo-li-ta: a ponta da língua descendo em três saltos pelo céu da boca para tropeçar de leve, no terceiro, contra os dentes. Lo. Li. Ta. Pela manhã ela era Lô, não mais que Lô, com seu metro e quarenta e sete de altura e calçando uma única meia soquete. Era Lola ao vestir os jeans desbotados. Era Dolly na escola. Era Dolores sobre a linha pontilhada. Mas em meus braços sempre foi Lolita".

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8. "O amante", de Marguerite Duras, Nova Fronteira.
Romance autobiográfico que conta a história de uma adolescente que se envolve com um homem dez anos mais velho e descobre o amor e o sexo. Tem linguagem poética e boas frases.
Leia um trecho: "Digo-lhe que venha, que me possua outra vez. Ele obedece. É bom o cheiro do cigarro inglês, o perfume caro, ele cheira a mel, sua pele absorveu o cheiro da seda, aquele cheiro de fruta do tussor de seda, de ouro, ele desperta desejo. Digo que o desejo. Diz que devo esperar. Ele fala, diz que desde o primeiro momento, desde a travessia do rio sabia que eu seria assim depois do meu primeiro amante, que eu amaria o amor, sabia desde o primeiro momento que eu o enganaria, que ia enganar todos os homens com quem fizesse amor. Disse que, quanto a ele, fora instrumento da própria infelicidade. Digo que o que está dizendo me faz feliz."
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9. "Trópico de Câncer", Henry Miller
O romance autobiográfico fala sobre experiências sexuais e existenciais de um norte-americano em Paris, entre bares intelectuais e prostíbulos.
Leia um trecho: "Caminhando ao léu diante do Dôme um pouco mais tarde, vejo de repente um rosto pálido e pesado, com olhos ardentes - e o vestidinho de veludo que sempre adorei porque embaixo do veludo macio sempre houve uns seios quentes e pernas de mármore, frias, firmes, musculares. Ela se ergue do mar de rostos e abraça-me, abraça-me apaixonadamente - milhares de olhos, narizes, garrafas, janelas, bolsas, pires, tudo nos fitando e nós, um nos braços do outro, esquecidos. Sento-me ao seu lado e ela fala - uma torrente de palavras. Notas selvagens e consumptivas de histeria, perversão, lepra. Não ouço uma só palavra porque ela é bela, eu a amo e agora estou feliz e desejando morrer".
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10. "Um copo de cólera", Raduan Nassar, Companhia das Letras.
O livro que deu origem ao filme homônimo protagonizado por Julia Lemmertz e Alexandre Borges é fininho e dá para ler em uma sentada só. De início, pode assustar por não ter abertura de parágrafo, mas é questão de o leitor se adaptar. Figura em listas de livros essenciais da literatura brasileira.
Leia um trecho: "(...) e foi pra melar inda mais o desejo dela que levei a mão bem perto do seu rosto, e comecei com meu dedo do meio a roçar seu lábio de baixo, e foi primeiro uma tremura, e foi depois uma queimadura intensa, sua boca foi se abrindo aos pouco pr'um desempenho perfeito, e começamos a nos dizer coisas através dos olhos (essa linguagem que eu também ensinei a ela), e atento na sua boca, que eu fazia fingir como se fosse, eu estava dizendo claramente com os olhos ‘você nunca tinha imaginado antes que tivesse no teu corpo um lugar tão certo pr'esse meu dedo enquanto eu te varava e você gemia'(...)".

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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Amor

                  Mesmo que finjas não ouvir-me.
                            Eu te amo.
                            Mesmo que venhas a evitar-me.
                            Eu continuarei te amando.
                            Mesmo que zombes de mim.
                            Juntarei forças para amar-te ainda mais.
                            Mesmo que venhas a odiar-me.
                            Meu sentimento por ti será um imenso amor.
                            Mesmo que venhas a exterminar minha vida.
                            Continuarei te amando de uma outra dimensão.
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                            Tu não me vencerás jamais!
                            Pois sou imbatível.
                            O que sinto é indestrutível.
                            É algo de outro mundo.
                            Não tem começo nem fim.
                            Tampouco cor ou formas.
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                            Simplesmente te amo
                            E te amarei infinitamente.
                            E se mesmo com todo esse amor
                            Tu persistires em odiar-me.
                            Retornarei da dimensão em que estou
                            E nascerei novamente neste mundo.
                            Só que, desta vez, nascerei do teu ventre.
                            E assim me amarás.
                            Me alimentarás
                            Me farás carinhos.
                            Cantarás para mim canções de ninar
                            E me chamarás de:  “Meu filhinho”!!!
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                            Sim, sou teu filho.
                            Sou teu pai
                            Teu amante
                            Teu esposo a quem tanto rejeitas...
                            Em palavras simples e objetivas:
                            SOU DEUS.
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Juarez Firmino

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Exercícios de redação (coordenação e subordinação)

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I – Complete as lacunas do texto com os conectivos adequados que seguem abaixo:
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                ________ precisava encontrá-lo, saí de casa debaixo de uma chuva terrível. Atravessei rapidamente a rua, entrei na lanchonete, procurei-o por todos os cantos, ________ ele não estava lá, __________ era de costume. Certamente, por causa da chuva, ele ficara em casa, _____ _________ alguém o avisara _____ _______ eu estava a sua procura, _________ sua ausência ali, àquela hora, era bem estranha.
                Sentei-me ____, __________ qualquer pessoa apaixonada faria, esperei durante alguns minutos, _______ pareceram-me uma eternidade. ___________ esperava, uma ideia passou pela minha cabeça: _____ ele estivesse com outra, eu o mataria. Chovia tanto _______ a água já começava a cobrir os primeiros degraus da escada _____ dava acesso ao lugar ________ eu estava. _________ _____ o desânimo já estar tomando conta de mim, o desejo de vê-lo ainda era muito ____, __________ _________, continuei a espera.
                Mais tarde, cansada de esperar, fui até o telefone, liguei, _______ ninguém atendeu. ________ ______ a chuva abrandou um pouco, voltei para casa _______ fui dormir.
masentãoqueondeemesmoassimoucomoseapesardeenquanto
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II – Complete as lacunas do texto com os conectivos adequados que seguem abaixo:
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                __________ escrevemos um texto, uma das maiores preocupações é ________ unir a frase seguinte à anterior, ________ isso só é possível _____ dominarmos os princípios básicos da coesão. A cada frase enunciada, devemos observar ____ ela mantém vínculo com a anterior (___ anteriores) ______ não perdermos o fio do pensamento. ______ _________, teremos uma sequência de frases sem sentido, sucedendo-se umas às outras sem muita lógica, sem nenhuma coerência. A coesão não é, ________, só esse processo de “olhar” constantemente para trás, _____ ________ de “olhar” para adiante, _______ um termo pode esclarecer-se apenas na frase seguinte. _______ nossa frase inicial for: “Paulo tinha um grande sonho”, estaremos criando um movimento para adiante. ________, só se vai saber ____ ______ desejo se trata na próxima frase: “Ele queria ser médico”. O importante é ______ cada enunciado estabeleça relações estreitas com os outros, _______ tornar sólida a estrutura do texto, ______ não basta costurar uma frase a outra para se dizer ______ estamos escrevendo bem. ______ da coesão, é preciso ______ haja um elo conceitual entre seus diversos segmentos. Os substantivos e os verbos, devem estar interligados __________ para acrescentar informações, ________ para alicerçar o sentido do texto. Cada palavra faz, ____________, parte de um todo que lhe dá sentido, _______ ____ forme uma cadeia com as outras que a antecedem _____ sucedem.
mastambémparaquequandoporémcomodecontrárioounãoportantocasoalémdesdeassimpoisseentretantoea medidaaindasejatantoqual
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III – Reúna as diversas orações do conjunto abaixo em um só período, empregando conjunções ou pronomes relativos e fazendo as adaptações necessárias.
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1. O Ministro da Educação esforça-se. 2. O ministro da Educação quer convencer o povo. 3. Para o Ministro da Educação o provão do ENEM é fundamental. 4. O provão é fundamental, para ele, para a melhoria da qualidade do ensino médio. 5. Para convencer o povo disso, o Ministro vem ocupando generosos espaços na mídia. 6. O ministro vem fazendo uma milionária campanha publicitária. 7. O Ministro vem ensinando como gastar mal o dinheiro. 8. O dinheiro deveria ser gasto na educação.
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domingo, 15 de agosto de 2010

Um texto muito especial

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Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.
De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.
Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente  perguntou em voz baixa: "Por quê?"
Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim  a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.
Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.
Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.
No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.
Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.
Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possivel. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus examos no próximo mês e precisava de um ambiente propício para prepar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.
Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.
Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio", disse Jane em tom de gozação.
Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.
No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.
No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.
No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.
Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.
A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.
Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.
Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".
Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia...Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar".
Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.
A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.
Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi:  "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".
Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama - morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.
Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!
Se você não dividir isso com alguém, nada vai te acontecer.
Mas se escolher enviar para alguém, talvez salve um casamento. Muitos fracassados na vida são pessoas que não perceberam que estavam tão perto do sucesso e preferiram desistir...
UM CASAMENTO CENTRADO EM CRISTO É UM CASAMENTO QUE DURA UMA VIDA TODA.
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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Faça uma varredura em seu nome

Vejam que interessante!

Com a evolução dos bancos de dados e dos grandes portais de busca na internet, quaisquer publicações que sejam feitas envolvendo o nome de determinada pessoa e que venham a ser indexadas na grande rede mundial de computadores podem ser detectadas em poucos segundos.
Para isto, basta acessar um portal de busca, o Google, por exemplo, digitar [no browser o nome da pessoa a ser pesquisada entre aspas] e pronto. Estará tudo lá. Surgirá na tela do monitor, dependendo da atividade que a pessoa exerça, da exposição do nome desta na grande mídia, ou da interação que tenha com o universo da informática, a relação de links em que o nome aparece sendo citado.
Muitos usuários se cadastram em redes de relacionamento como o Orkut, o Facebook, o Linked In ou a plataforma Lattes no CNPq, entre outras... E isso permite que a pessoa seja localizada com extrema facilidade.
Mas, é importante que a pessoa digite o nome a ser pesquisado entre aspas, caso contrário a relação informará links cujos nomes, por serem homônimos em partes na extensão do nome ou sobrenome, acabará por estender muito e desnecessariamente a pesquisa.

Existe também a possibilidade de se fazer uma varredura no nome de pessoas através de informações mais detalhadas, como por exemplo, utilizando-se do número do CPF (ou de outros documentos pessoais) desta, do nome da entidade de classe a qual esteja afiliado, da instituição em que mantenha algum vínculo, etc. Mas isto já é um procedimento mais complexo... Coisa para os detetives profissionais, não é mesmo?
De qualquer forma, aqui já fica a dica: evite passar o número do CPF para estranhos, deixá-los em ambientes disponíveis na internet ou em currículos vitae, por exemplo, pois ao contrário, ficará totalmente exposto para a ação dos aproveitadores.
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sábado, 7 de agosto de 2010

O amor acaba

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O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
. CAMPOS, Paulo Mendes. O amor acaba: crônicas líricas e existênciais. Civilização Brasileira – Rio de Janeiro, 1999, pág. 21, organização e apresentação de Flávio Pinheiro.
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* Uma crônica escrita em prosa poética num único parágrafo, sugerindo que o amor acaba para em seguida recomeçar, sempre e em qualquer lugar. A repetição da ideia de que "o amor acaba" questiona se essa afirmação pode realmente ser aceita pelo leitor, se caso isso for considerado como uma indagação, ficam as entrelinhas repletas de figuras e primorosamente redigidas numa linguagem que encanta, propondo que a questão não se encerre e que novas reflexões sejam buscadas. 
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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

10 desvios da norma culta da Língua Portuguesa sempre ocorrentes na expressão popular

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1 - "Mal cheiro", "mau-humorado". Mal opõe-se a bem e mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar.

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2 - "Fazem" cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias.

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3 - "Houveram" muitos acidentes. Haver, como existir, também é invariável: Houve muitos acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais.

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4 - "Existe" muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas esperanças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram alguns objetos. / Sobravam idéias.

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5 - Para "mim" fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.

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6 - Entre "eu" e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. / Entre eles e ti.

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7 - "" dez anos "atrás". Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez anos ou dez anos atrás.

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8 - "Entrar dentro". O certo: entrar em. Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido.

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9 - "Venda à prazo". Não existe crase antes de palavra masculina, a menos que esteja subentendida a palavra moda: Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter.

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10 - "Porque" você foi? Sempre que estiver clara ou implícita a palavra razão, use por que separado: Por que (razão) você foi? / Não sei por que (razão) ele faltou. / Explique por que razão você se atrasou. Porque é usado nas respostas: Ele se atrasou porque o trânsito estava congestionado.

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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Alunos [tutores] receberão R$ 115,00/mês para ensinar matemática aos colegas na rede pública de ensino de São Paulo

Multiplicando Saber é um projeto-piloto da Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), professores da Universidade de São Paulo (USP), e pesquisadores da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). Trata-se de um projeto integrado de sessões de estudo de matemática em formato de tutorias para alunos do ensino fundamental e de valorização de estudantes do ensino médio da rede estadual paulista.

Neste ano o projeto será implementado em formato piloto, e deve atender alunos de um número limitado de escolas de ensino fundamental em todo o estado, a serem selecionadas a partir de seu desempenho no IDESP/SARESP. A depender do sucesso desta etapa, o projeto poderá ser implantado no próximo ano em outras escolas, séries, e/ou disciplinas, utilizando a experiência adquirida nesta fase para ser aperfeiçoado.

As tutorias são formadas por grupos de até quatro alunos do 6º e 7º anos do ensino fundamental que estejam apresentando dificuldade em matemática. Estes grupos serão liderados por um aluno do 2º ou 3º ano do ensino médio com bom desempenho nesta disciplina. A idéia fundamental é utilizar de forma inovadora e criativa recursos já existentes dentro do próprio sistema (como o espaço ocioso durante o contra-turno das escolas) para enfrentar as deficiências no aprendizado de matemática que têm sido demonstradas pelos alunos em testes de proficiência nacionais e internacionais. Ao mesmo tempo, o Programa é uma forma de valorizar os bons alunos do ensino médio ao reconhecê-los e premia-los,1 já que seu talento normalmente passa despercebido em discussões que se focam no desempenho médio do sistema.

Em dois dias da semana, durante 12 semanas, o tutor se reunirá com o grupo de pupilos para auxiliá-los na compreensão do material ensinado pelo professor de matemática em sala de aula. A tutoria deve se desenvolver em um ambiente informal e flexível, mas focalizado no aprendizado do conteúdo de matemática, conforme ensinado pelo professor. Em tal atmosfera, semelhante a uma aula particular, não só o aprendizado do conteúdo deve ser facilitado, como também a transferência dos tutores para os pupilos de outros valores positivos – como a importância da educação, sociabilidade, estratégias efetivas de estudo, e interesse pela matemática. Nesta atmosfera informal e menos estruturada que a sala de aula, os alunos sentem-se mais confortáveis para colocar suas dúvidas e interagir de forma proveitosa com seus pares.

Deve-se frisar que o tutor não substitui o professor regular, mas complementa seu trabalho ao dar um tratamento especial para os alunos com maior dificuldade. Ao focalizar este grupo, as tutorias facilitam a prática didática do professor em sala de aula, e podem até afetar de forma positiva o desempenho do restante dos alunos.

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Antecedentes

Tornou-se consenso na sociedade brasileira a necessidade de adotar estratégias efetivas para melhorar aprendizado entre os alunos do ensino básico. O desafio colocado diante dos formuladores de políticas é colossal, e não se deve esperar que uma única modalidade de ações seja capaz de dar conta de todas as deficiências atuais.

A manutenção da trajetória de crescimento sustentável do país reforça a necessidade de qualificar melhor os cidadãos, tanto nas capacidades cognitivas quanto naquelas ligadas à formação de valores e de personalidade.

A escola tem papel decisivo no acúmulo de ambas as capacidades, tanto na entrega direta do currículo escolar, quanto na organização do contexto de socialização de seus alunos.

A questão torna-se mais crítica quando observamos a necessidade de promover o aprendizado dos alunos que foram incluídos no ambiente escolar nos últimos quinze anos, resultado do processo de universalização do acesso ao ensino fundamental no Brasil. Este movimento modificou substancialmente o perfil do alunado, e trouxe desafios ainda maiores para o Estado. Tornou-se necessário promover o aprendizado de alunos com características sócio-econômicas

adversas, que em geral almejam um grau de escolaridade maior que o alcançado por seus pais. Tal fato é crítico se considerarmos que as interações no âmbito da família são fundamentais para o aprendizado do jovem, e um substancial contingente de estudantes dos sistemas públicos no Brasil não pode contar com este suporte proveniente dos pais ou outros familiares mais velhos.

Além disso, a universalização do acesso acirrou o problema da diversidade do alunado dentro do sistema, que dificulta ainda mais a tarefa de desenhar um pequeno leque de políticas para um público agora mais diferenciado.

Como resultado, há uma grande diversidade em termos de proficiência no corpo de alunos que compõem a rede pública de ensino no Brasil. Neste conjunto encontramos desde medalhistas em competições de matemática até alunos com proficiência insuficiente que concluem o ensino médio. Portanto, é improvável que uma só política seja capaz de dar conta de todas as carências hoje existentes. O objetivo do Programa Multiplicando Saber é exatamente dar um passo para encontrar políticas educacionais que tragam resultados satisfatórios e sejam custo-efetivas, como também identificar os grupos de alunos para os quais os aspectos cobertos são mais apropriados. A caminhada é longa, mas este é um passo importante.

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1. Os tutores são contratados como estagiários e recebem uma bolsa-auxílio mensal de R$ 115,00 durante os três meses do projeto.

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Fonte:

Coordenação Multiplicando Saber e Pesquisadores Responsáveis – FIPE/USP

contato@multiplicandosaber.org.br

www.mu l t i p l i c a n d o s a b e r . o r g . b r

domingo, 1 de agosto de 2010

30 dicas para escrever bem

Sempre é bom aprender ou relembrar para quem já escreve muito bem... e prestem bastante atenção, parece piada, mas todas as dicas são verdadeiras!

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1. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc.

2. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisístico.

3. Anule aliterações altamente abusivas.

4. não esqueça as maiúsculas no inicio das frases.

5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.

6. O uso de parêntesis (mesmo quando for relevante) é desnecessário.

7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.

8. Evite o emprego de gíria, mesmo que pareça nice, sacou??...então valeu!

9. Palavras de baixo calão, porra, podem transformar o seu texto numa merda.

10. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações.

11. Evite repetir a mesma palavra pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.

12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: "Quem cita os outros não tem idéias próprias".

13. Frases incompletas podem causar

14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a mesma idéia várias vezes.

15. Seja mais ou menos específico.

16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!

17. A voz passiva deve ser evitada.

18. Utilize a pontuação corretamente o ponto e a vírgula pois a frase poderá ficar sem sentido especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação

19. Quem precisa de perguntas retóricas?

20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.

21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.

22. Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá-las-ei!"

23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.

24. Não abuse das exclamações! Nunca!!! O seu texto fica horrível!!!

25. Evite frases exageradamente longas pois estas dificultam a compreensão da idéia nelas contida e, por conterem mais que uma idéia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre leitor a separá-la nos seus diversos componentes de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.

26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a lingúa portuguêza.

27. Seja incisivo e coerente, ou não.

28. Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando seu texto pobre e estar causando ambiguidade, com certeza você vai estar deixando o conteúdo esquisito, vai estar ficando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo. E como você vai estar lendo este texto, tenho certeza que você vai estar prestando atenção e vai estar repassando aos seus amigos, que vão estar entendendo e vão estar pensando em não estar falando desta maneira irritante.

29. Outra barbaridade que tu deves evitar chê, é usar muitas expressões que acabem por denunciar a região onde tu moras, carajo!... nada de mandar esse trem... vixi... entendeu bichinho?

30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá aguentar já que é insuportável o mesmo final escutar, o tempo todo sem parar...

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