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sábado, 23 de junho de 2012
Índice de indeterminação do sujeito
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Todo cuidado é pouco para não confundir o “se” de indeterminação do sujeito com a partícula apassivadora
É preciso não confundir o “se” de indeterminação do sujeito com a estrutura semelhante à do “se” apassivador, mas composta por verbo transitivo indireto (que exige preposição antes do complemento) ou intransitivo. Nessa estrutura, a preposição (“a”, “com”, “de”, “em”, “para”) aparece ao lado do “se”, antes do substantivo (objeto indireto) na oração de sujeito indeterminado. Verbo no singular. Exemplos de frases corretas:
“Precisa-se de candidatos honestos”.
“Trata-se de políticos decentes”.
“Necessita-se de alunos aplicados”.
“Sofre-se com os preços altos”.
“Acreditou-se em mentiras políticas”.
Abaixo, um exemplo de frase de jornal que confundiu o “se” apassivador com o “se” indicador do sujeito indeterminado:
“Criaram-se condições ideais para as reformas, aplicaram-se as pressões adequadas, mas recorreram-se às fórmulas erradas.”
O certo seria: “Criaram-se as condições ideais para as reformas, aplicaram-se as pressões adequadas, mas recorreu-se às fórmulas erradas”.
Isso se explica pois as condições são criadas, as pressões são aplicadas. Mas recorre-se “a” alguma coisa. As fórmulas não podem ser recorridas. Deve ser, portanto, “...mas recorreu-se às fórmulas erradas”, por causa da preposição.
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Fonte: Revista Língua Portuguesa. Ano 7. Nº 75. Janeiro de 2012. www.revistalingua.com.br
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