"Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam. E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles".

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Saudades do Mussum


Me lembro que no final da tarde do dia 29 de julho de 1994, na Estação Rodoviária de Salto (SP), eu estava saindo de viagem para a capital paulista, quando, ao me aproximar de uma lanchonete pra comprar uma garrafa de água, vinha de um aparelho de TV a notícia que o Mussum acabava de falecer naquele instante.

Ao meu lado havia um senhor, destes que com uma carrocinha de mão ajuntam papéis pelas ruas para reciclagem, que me perguntou o que tinha acontecido, e lágrimas rolaram dos olhos daquele catador de papel, um homem idoso e de aparência sofrida, quando lhe falei que o Mussum tinha falecido.

Morreu um trapalhão que alegrou a vida de milhares de brasileiros.

Pra dizer a verdade, naquela tarde, num clima de tristeza e dor, por dentro eu também chorava.

E ainda dizem que guerreiros não choram.

Cacildis... Que mentira!!!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Escolas estaduais de SP adiam volta às aulas por causa da gripe suína

SÃO PAULO (Agência Brasil), 28 de julho - A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo informou nesta terça-feira (28) que o início das aulas da rede estadual de ensino será adiado.

Inicialmente marcada para o dia 3 de agosto, a volta às aulas foi transferida para 17 de agosto.

A medida atende à recomendação da secretaria, para evitar que alunos sejam contaminados pelo vírus Influenza H1N1.

O órgão informou que cumprirá o calendário letivo de 200 aulas por ano e que as aulas poderão ser repostas aos sábados ou durante as férias de dezembro.

Procurado pela Agência Brasil, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp) afirmou que aguarda orientações do Ministério da Saúde para recomendar a prorrogação das férias.

» Paraíba registra primeira morte no Nordeste

segunda-feira, 27 de julho de 2009

AZTECA

AZTECA

Kayapó

Batata-doce, inhame, cará, mandioca, mamão;

Castanha-do-pará;

Mermelo, pequi, jambo, açaí, jatobá, pariri, imbaúba e

cacau;

Tucumã; o urucu e o jenipapo servem para fabricar tintas;

Laranja-da-terra, murici, limão, mangaba, abacate, goiaba,

jurubeba, cupuaçu,

Penatoclorofenol

Babaçu.

(Tordon 101 – Um produto multinacional é feito para obter lucros, no resto pensa-se depois)

.

L@ PUTOEMA

dadazdawa@hotmail.com

domingo, 26 de julho de 2009

A MELHOR E A PIOR COMIDA DO MUNDO

(adaptação feita por Pedro Bandeira, de trecho teatral A raposa e as uvas, de Guilherme de Figueiredo)

Há mais de dois mil anos, um rico mercador grego tinha um escravo chamado Esopo. Um escravo corcunda, feio, mas de sabedoria única no mundo. Certa vez, para provar as qualidades de seu escravo, o mercador ordenou:

- Toma, Esopo. Aqui está este saco de moedas. Corre ao mercado. Compra lá o que houver de melhor para um banquete. A melhor comida do mundo.

Pouco depois, Esopo voltou do mercado e colocou sobre a mesa um prato coberto por fino pano de linho. O mercador levantou o paninho e ficou surpreso:

- Ah, língua? Nada como a boa língua que os pastores gregos sabem tão bem preparar. Mas por que escolheste exatamente a língua como a melhor comida do mundo?

O escravo, de olhos baixos, explicou sua escolha:

- O que há de melhor do que a língua, senhor? A língua é que nos une a todos, quando falamos. Sem a língua não poderíamos nos entender. A língua é a chave das ciências, o órgão da verdade e da razão. Graças à língua é que se constroem as cidades; graças à língua é que podemos dizer o nosso amor. A língua é o órgão do carinho, da ternura, do amor, da compreensão. É a língua que torna eternos os versos dos grandes poetas, as idéias dos grandes escritores. Com a língua se ensina, se persuade, se instrui, reza, se explica, se canta, se descreve, se elogia, se demonstra, se afirma. Com a língua dizemos "mãe" e querida e "DEUS". Com a língua dizemos "sim". Com a língua dizemos "eu te amo". O que pode haver de melhor do que a língua, senhor?

O mercador levantou-se, entusiasmado:

- Muito bem, Esopo! Realmente tu me trouxeste o que há de melhor. Toma agora outra sacola de moedas. Vai de novo ao mercado e traze o que houver de pior, pois quero ver tua sabedoria.

Mais uma vez, depois de algum tempo, o escravo Esopo voltou do mercado trazendo um prato coberto por um pano. O mercador recebeu-o com um sorriso:

- Hum... já sei o que há de melhor. Vejamos agora o que há de pior...

O mercador descobriu o prato e ficou indignado:

- O que? Língua outra vez? Língua? Não disseste que a língua era o que havia de melhor? Queres ser açoitado?

Esopo baixou os olhos e respondeu:

- A língua, senhor, é o que há de pior no mundo. É a fonte de todas as intrigas, o início de todos os processos, a mãe de todas as discussões. É a língua que separa a humanidade, que divide os povos. É a língua que usam os maus políticos quando querem nos enganar com suas falsas promessas. É a língua que usam os vigaristas quando querem trapacear. A língua é o órgão da mentira, da discórdia, dos desentendimentos, das guerras, da exploração. É a língua que mente, que esconde, que engana, que explora, que blasfema, que insulta, que se acovarda, que mendiga, que xinga, que bajula, que destrói, que calunia, que vende, que seduz, que corrompe. Com a língua, dizemos "morre" e "canalha" e "demônio". Com a língua dizemos "eu te odeio"! Aí está senhor, porque a língua é a melhor e a pior de todas as coisas!

sábado, 25 de julho de 2009

Mundos Mortos: romance ou ideário? Uma leitura de Otávio de Faria.

O texto se refere à dissertação defendida por mim, em 26 de fevereiro de 2004, no Programa de Pós-Graduação "Mestrado em Letras" da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
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RESUMO
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O presente trabalho propõe um debate sobre a obra do escritor Otávio de Faria. Os estudos acerca da obra deste autor, até o momento, têm sido restritos a questões delimitadas apenas pelo Modernismo carioca, daí a necessidade de se extrapolar o universo regional e iniciar leituras comparativas com outras obras e autores a partir de um estudo mais aprofundado das técnicas e procedimentos da prosa otaviana. Por sua grande extensão, optamos por analisar apenas o romance Mundos mortos — o primeiro e mais representativo da série de quinze romances intitulada “Tragédia Burguesa” — em que o autor retrata a pequena burguesia carioca dos anos 30. Trata-se de uma literatura exploradora de técnicas narrativas como o fluxo de consciência, o monólogo interior com o discurso direto e indireto livre, amparada pela densidade e pela sondagem psicológica e moral, além da estruturação proporcionada pelo catolicismo existencial que procurava decifrar a condição do homem inserido na sociedade.
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www.ceul.ufms.br/pgletras/resumos/Juarez%20Firmino-resumo2004.doc

sexta-feira, 24 de julho de 2009

“É HORA DA ONÇA BEBER ÁGUA”

Pasquale Cipro Neto

A palavra “onça” faz parte de muitas expressões de nossa língua. Quem é que nunca ouviu algo como “Ele virou onça”? Ou “Nessas horas, ele fica uma onça”? Uma consulta ao dicionário nos faz saber que “na onça” (que em Portugal é “à onça”) significa “aperto financeiro, falta de dinheiro”: “Estou na onça. Empreste-me algum dinheiro.”

O dicionário Aurélio diz que “onça” também pode significar “fora do comum, extraordinário”: “A Josefa tomou um pileque onça.” O exemplo é de ninguém menos que Artur Azevedo e está em Contos fora de moda. Também existe a deliciosa expressão “amigo da onça”, cujo significado todos conhecem. Por fim, a famosa frase “É hora da onça beber água”, que, segundo os dicionários, remete à idéia de perigo e equivale a uma curiosa expressão: “Hora de canção pegar menino”. Na prática, o que se quer dizer é que se aproxima um momento crítico, decisivo.

Pois bem, feitas todas essas considerações a respeito da presença da palavra “onça” em algumas de nossas expressões idiomáticas, vamos ao centro de nossa conversa: “hora da onça beber” ou “hora de a onça beber”?

Certamente você já viu em algum jornal, livro ou revista algo como “No caso de ele votar a favor...”, ou “O fato de o ministro ter afirmado que...”, ou ainda “Diante da possibilidade de a senadora deixar...”. “De ele”, “de o”, “de a”, tudo isso parece esquisito.

Na língua oral, ou seja, na fala, essas formas vão para o chamado espaço. A tendência é que se faça a fusão: “No caso dele votar a favor...”, “O fato do ministro ter afirmado que...”, “Diante da possibilidade da senadora deixar...”.

E o que diz a gramática? Vamos lá. O raciocínio não é muito complicado. Pense na seguinte frase: “No caso de o cenário se alterar...”. Qual é o sujeito do infinitivo “alterar”? Só pode ser o que se altera, ou seja, “o cenário”. Você percebeu que esse sujeito aparece depois do verbo. Percebeu também que estão presentes as palavras “de” e “o”, separadas: “No caso de se alterar o cenário...”.

Estamos perto. A gramática diz que a preposição não se funde com o sujeito do infinitivo, o que, em termos estruturais, parece lógico. Se o sujeito de “alterar” é “o cenário”, a preposição “de” não faz parte do sujeito e, portanto, não se funde com o artigo “o”: “No caso de se alterar o cenário...”/ “No caso de o cenário se alterar...”. Note que as palavras são exatamente as mesmas. Só mudou a ordem.

Pode-se dizer o mesmo em relação aos outros exemplos dados. Em “No caso de ele votar a favor...”, o sujeito de “votar” é “ele”, que não se funde com a preposição “de”. Em “Diante da possibilidade de a senadora deixar...”, o sujeito de “deixar” é “a senadora”.

A preposição “de” não faz parte do sujeito, portanto não se funde com o artigo “a”. Mas, quando entra em cena o aspecto sonoro da questão, a história é outra: é impossível resistir à tentação de fundir “de” e “o” (“do”), “de” e “ele” (“dele”), “de” e “a” (“da”) etc. A maioria dos gramáticos diz que nesses casos a fusão da preposição com o artigo ou pronome já é fato mais do que consagrado, sobretudo na fala.

Em suma, o que se pode deixar como essência da história é o seguinte: se você quiser ser estritamente lógico, não funda a preposição com o sujeito do infinitivo. Ninguém poderá dizer que você está errado. Em outras palavras, diga que “É hora de a onça beber água”. Afinal, o sujeito de “beber” é “a onça”, portanto a preposição “de”, que não faz parte do sujeito, não se funde com o artigo “a”. Mas saiba que ótimos autores não se incomodam nem um pouco com “É hora da onça beber água”. Vale lembrar que essa história não tem relação com os outros casos de fusão da preposição “de” com os artigos “o”, “a”, “os”, “as”, ou com os pronomes “ele”, “ela”, “eles”, “elas”. É claro que não se pode dizer “O carro de o diretor está na oficina”, ou “A casa de ele foi invadida”. Não se trata, no caso, de sujeito de verbos no infinitivo.

Também vale lembrar uma velha canção popular: “Eu devia estar feliz pelo Senhor ter me concedido um domingo para ir com a família ao Jardim Zoológico...”. Reconheceu? “Ouro de Tolo”, interpretada por Raul Seixas. Qual é o sujeito do verbo “ter”? É “o Senhor”, é claro. Pela lógica, a preposição “por”, que não faz parte do sujeito, não se funde com o artigo “o”: “Eu devia estar feliz por o Senhor ter me concedido...”. No padrão estritamente formal é assim. Mas que dá uma tremenda vontade de fundir “por” e “o” dá, ou não dá?

Cá entre nós, é muito melhor mudar a ordem: “Eu devia estar feliz por ter o Senhor me concedido um domingo...”. Não é para fugir do problema, não. É por clareza e elegância mesmo. Não é à toa que, em textos eruditos, formais, técnicos, é mais comum pospor o sujeito do infinitivo: “Verbo de ‘movimento para’, é natural reger ele preposição a diante do complemento de lugar”. O sujeito do infinitivo (“reger”) é “ele”, posposto. O trecho é de Celso Luft, está no “Dicionário Prático de Regência Verbal” e diz respeito ao verbo “chegar”.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A GRIPE A(H1N1)

Nos últimos meses, muito se tem ouvido falar sobre a infecção pelo vírus influenza A(H1N1), novo subtipo viral inicialmente detectado, em abril de 2009, nos Estados Unidos e identificado também, a seguir, no México e no Canadá. A disseminação do vírus a todos os continentes levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar a primeira pandemia de influenza do século XXI.
A infecção humana por esse vírus não havia sido detectada até então, portanto as pessoas têm pouca ou nenhuma proteção contra ele, uma vez que não foram expostas anteriormente.

Transmissão:
A transmissão de pessoa para pessoa pode ocorrer facilmente, através de tosse ou espirros das pessoas infectadas ou por acontecer de se tocar em superfícies que estejam contaminadas com os vírus da influenza e, em seguida, tocar-se os olhos, o nariz ou a boca sem lavar as mãos.

Sintomas:
Os sintomas da influenza A (H1N1) são similares aos sintomas da influenza humana comum: febre, tosse, garganta inflamada, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fadiga. Algumas pessoas relatam, também, diarréia e vômitos podendo, a exemplo da influenza sazonal, causar uma piora de doenças crônicas já existentes ou ocasionar complicações como pneumonia.
Até o presente, todos os casos confirmados no Brasil apresentaram quadro clínico leve a moderado e evoluíram bem.
A vacina para influenza sazonal não protege contra o novo vírus Influenza A(H1N1).

No ambiente escolar, educadores, funcionários e estudantes devem incentivar as medidas de higiene e etiqueta respiratória:
— Cobrir sempre o nariz e a boca quando espirrar ou tossir.
— Utilizar lenços descartáveis e disponibilizar local adequado para seu descarte imediatamente após o uso.
— Lavar as mãos com freqüência com água e sabão, especialmente ao tossir, espirrar e limpar o nariz .
— Evitar tocar ou levar as mãos à boca ou aos olhos.
— Evitar aglomerações ou locais pouco arejados.
— Manter uma boa alimentação e hábitos saudáveis.


Ao identificar alguém com sintomas gripais:
— Recomendar que fique em casa, evitando ir ao trabalho ou à escola durante 7 (sete) dias após o início dos sintomas.
— Reservar um local que evite contato com outras pessoas, para não infectá-las,
— enquanto aguarda ser encaminhado ao seu domicílio ou à unidade de saúde.
— Orientar os pais e familiares quanto a necessidade de cumprir as medidas relativas ao isolamento domiciliar dos casos suspeitos e confirmados, assim como a quarentena domiciliar dos contatos próximos destes casos, no sentido de evitar a disseminação da doença.
— Acompanhar o número de visitas à enfermaria escolar e o absenteísmo diário.
— Colaborar com as autoridades de saúde pública de sua região notificando estes eventos, divulgando e incentivando ações de vigilância, prevenção de doenças infecciosas e promoção de saúde.

Importante: essas orientações são as mesmas para todos os tipos de gripe e não apenas a Influenza A(H1N1).
Informações adicionais em: www.cve.saude.sp.gov.br
Documento elaborado pela equipe técnica do Centro de vigilância Epidemiológica “Alexandre Vranjac”
da Secretaria de Estado da Saúde
atualizado em 22/06/2009

segunda-feira, 20 de julho de 2009

ESTE, ESSE ou AQUELE

Os pronomes este(a), estes(as), isto referem-se a seres próximos ao falante (emissor, aquele que fala).
Ex.: Este livro aqui, na minha opinião, é ótimo.

Os pronomes esse(a), esses(as), isso referem-se a seres próximos ao ouvinte (longe do emissor ou falante).
Ex.: Onde compraste sua gravata, Pedro?

Os pronomes aquele(a), aqueles(as), aquilo referem-se a seres distantes do falante e do ouvinte.
Ex.: Você conhece aquele homem lá?

ATIVIDADES
Empregue este, esse, aquele, flexionado ou não:
1-
Veja ..................... casinha lá no alto do morro.
2- ..................... meu cachorrinho de estimação é uma graça, disse Carlinhos.
3- Onde compraste ........................ brinquedo, Rodrigo.
4- Amigo, ......................... senhor de pé, lá na frente, é meu tio.
5- Filha, aonde vais com ................ pacote ?
6- ..................... revista aqui, na minha opinião, está muito boa.
7- Você conhece ...................... criança lá ?
8- ...................... revista que você está lendo é interessante ?
9- Sim, ................... revista é ótima.
10- É .................. que você leu ontem ?
11- Veja ........................ carro lá! Parece um modelo importado.

domingo, 19 de julho de 2009

A origem da cachaça e do forró

Diz-se que a cachaça é um produto genuinamente nacional e foi descoberta por mero acaso há uns 3 ou 4 séculos, numa época em que o açúcar era tão precioso quanto o petróleo é hoje.
O Brasil, como colônia de exploração, era um grande produtor de açúcar, contando com a produção nos grandes engenhos e pela mão-de-obra escrava. Para obter o açúcar era [e ainda é] preciso moer e cozinhar o caldo da cana, durante o cozimento o caldo deve ser mexido constantemente para que não “desande”. Durante a fabricação, muitos escravos interrompiam o serviço pela metade e iam para as senzalas no final do dia. Quando retornavam no dia seguinte, o caldo já havia fermentado, formando uma gororoba só, mesmo assim eles acendiam o fogo e retomavam o processo de fabricação, mexendo sem parar o caldo que sobrou no dia anterior com suas enormes colheres de madeira.
Ao atingir 70º C, o álcool, que havia se formado da fermentação do caldo da cana evaporava, se condensando no teto do engenho, e por fim pingava (daí o nome pinga) nas costas dos escravos, cortadas pelas chibatadas dos senhores de engenho, de onde veio o nome água ardente.
Com o passar dos tempos, os senhores descobriram que os escravos trabalhavam com mais vigor quando bebiam daquela bebida, e assim adotaram a técnica de deixar que eles bebessem um pouco de vez em quando.
Tempos depois, os próprios senhores de engenho começaram a saborear a bebida, e por fim começaram a oferecê-la como aperitivo aos convidados que visitavam a casa grande.
Já o termo forró, baile dançante, teve origem durante um período bem mais recente, na época da Segunda Guerra Mundial, quando o Exército Norte-Americano mantiveram uma base militar no estado do Rio Grande do Norte.
Havia as festas que os oficiais se reuniam com seus convidados e familiares, e apenas uma vez por mês, realizavam uma festa bem mais estilosa, convidavam músicos e animadores da redondeza, e divulgavam que era aberta para toda a comunidade, uma festa para todos, que traduzido para a língua inglesa se diz for all.
Como o povo tinha certa dificuldade para pronunciar a expressão em inglês, a expressão acabava sendo repetida muitas vezes apenas pela sua equivalência fonética, e o for all passava desta forma, a ser pronunciado forró.

Perguntas e respostas sobre a GRIPE SUÍNA

1.- Quanto tempo dura vivo o vírus suíno numa maçaneta ou superfície lisa?
Até 10 horas.
2. - Quão útil é o álcool em gel para limpar-se as mãos?
Torna o vírus inativo e o mata.
3.- Qual é a forma de contágio mais eficiente deste vírus?
A via aérea não é a mais efetiva para a transmissão do vírus, o fator mais importante para que se instale o vírus é a umidade, (mucosa do nariz, boca e olhos) o vírus não voa e não alcança mais de um metro de distancia.
4.- É fácil contagiar-se em aviões?
Não, é um meio pouco propício para ser contagiado.
5.- Como posso evitar contagiar-me?
Não passar as mãos no rosto, olhos, nariz e boca. Não estar com gente doente. Lavar as mãos mais de 10 vezes por dia.
6.- Qual é o período de incubação do vírus?
Em média de 5 a 7 dias e os sintomas aparecem quase imediatamente.
7.- Quando se deve começar a tomar o remédio?
Dentro das 72 horas os prognósticos são muito bons, a melhora é de 100%
8.- De que forma o vírus entra no corpo?
Por contato ao dar a mão ou beijar-se no rosto e pelo nariz, boca e olhos.
9.- O vírus é mortal?
Não, o que ocasiona a morte é a complicação da doença causada pelo vírus, que é a pneumonia.
10.- Que riscos têm os familiares de pessoas que faleceram?
Podem ser portadores e formar uma rede de transmissão.
11.- A água de tanques ou caixas de água transmite o vírus?
Não porque contém químicos e está clorada
12.- O que faz o vírus quando provoca a morte?
Uma série de reações como deficiência respiratória, a pneumonia severa é o que ocasiona a morte.
13.- Quando se inicia o contagio, antes dos sintomas ou até que se apresentem?
Desde que se tem o vírus, antes dos sintomas.
14.- Qual é a probabilidade de recair com a mesma doença?
De 0%, porque fica-se imune ao vírus suíno.
15.- Onde encontra-se o vírus no ambiente?
Quando uma pessoa portadora espirra ou tosse, o virus pode ficar nas superfícies lisas como maçanetas, dinheiro, papel, documentos, sempre que houver umidade. Já que não será esterilizado o ambiente se recomenda extremar a higiene das mãos.
17.- O vírus ataca mais às pessoas asmáticas?
Sim, são pacientes mais suscetíveis, mas ao tratar-se de um novo germe todos somos igualmente suscetíveis.
18.- Qual é a população que está atacando este vírus?
De 20 a 50 anos de idade.
19.- É útil a máscara para cobrir a boca?
Existem alguns tipos de máscaras que podem ser úteis, mas se você não está doente é pior, porque os vírus pelo seu tamanho o atravessam como se este não existisse e ao usar a máscara, cria-se na zona entre o nariz e a boca um microclima úmido próprio ao desenvolvimento viral: mas se você já está infectado use-o para não infectar aos demais, apesar de que é relativamente eficaz.
20.- Posso fazer exercício ao ar livre?
Sim, o vírus não anda no ar nem tem asas.
21.- Serve para algo tomar Vitamina C?
Não serve para nada para prevenir o contagio deste vírus, mas ajuda a resistir seu ataque.
22.- Quem está a salvo desta doença ou quem é menos suscetível?
A salvo não esta ninguém, o que ajuda é a higiene dentro de lar, escritórios, utensílios e não ir a lugares públicos.
23.- O virus se move?
Não, o vírus não tem nem patas nem asas, a pessoa é quem o coloca dentro do organismo.
24.- Os mascotes contagiam o vírus?
Este vírus não, provavelmente contagiem outro tipo de vírus.
25.- Se vou ao velório de alguém que morreu desse vírus posso me contagiar?
Não.
26.- Qual é o risco das mulheres grávidas com este vírus?
As mulheres grávidas têm o mesmo risco, mas por dois, podem tomar os antivirais, mas em caso de contagio e com estrito controle médico.
27.- O feto pode ter lesões se uma mulher grávida se contagia com este vírus?
Não sabemos que estragos possa fazer no processo, já que é um vírus novo.
28.- Posso tomar acido acetilsalicílico (aspirina)?
Não é recomendável, pode ocasionar outras doenças, a menos que você tenha prescrição por problemas coronários, nesse caso siga tomado.
29.- Serve para algo tomar antivirales antes dos síntomas?
Não serve para nada.
30.- As pessoas com AIDS, diabetes, câncer, etc., podem ter maiores complicações que uma pessoa sadia se contagiam com o vírus?
SIM.
31.- Uma gripe convencional forte pode se converter em influenza?
NAO.
32.- O que mata o vírus?
O sol, mais de 5 dias no meio ambiente, o sabão, os antivirais, álcool em gel.
33.- O que fazem nos hospitais para evitar contágios a outros doentes que não têm o vírus?
O isolamento.
34.- O álcool em gel é efetivo?
SIM, muito efetivo.
35.- Se estou vacinado contra a influenza estacional sou inócuo a este vírus?
Não serve para nada, ainda não existe vacina para este vírus.
36.- Este vírus está sob controle?
Não totalmente, mas estão tomando medidas agressivas de contenção.
37.- O que significa passar de alerta 4 a alerta 5?
A fase 4 não faz as coisas diferentes da fase 5, significa que o vírus se propagou de Pessoa a Pessoa em mais de 2 países; e fase 6 é que se propagou em mais de 3 países.
38.- Aquele que se infectou deste vírus e se curou, fica imune?
SIM.
39.- As crianças com tosse e gripe têm influenza?
É pouco provável, pois as crianças são pouco afetadas.
40.- Medidas que as pessoas que trabalham devam tomar?
Lavar-se as mãos muitas vezes ao dia.
41.- Posso me contagiar ao ar livre?
Se há pessoas infectadas e que tussa e/ou espirre perto pode acontecer, mas a via aérea é um meio de pouco contágio.
42.- Pode-se comer carne de porco?
SIM pode e não há nenhum risco de contágio.
43.- Qual é o fator determinante para saber que o vírus já está controlado?
Ainda que se controle a epidemia agora, no inverno boreal (hemisfério norte) pode voltar e ainda não haverá uma vacina.

CAVALO PRETO

Interpretação: Victor e Léo
De: Anacleto Rosas Jr.
http://www.youtube.com/watch?v=bggAhTB8fX4&feature=related

Eu tenho um cavalo preto
Por nome de ventania
Um laço de doze braças
Do couro de uma novilha
Tenho um cachorro bragato
Que é prá minha companhia
Sou um caboclo folgado
Eu não tenho família.

No lombo do meu cavalo
Eu viajo o dia inteiro
Vou de um estado pro outro
Eu não tenho paradeiro
Quem quiser ser meu patrão
Me ofereça mais dinheiro
Eu sou muito conhecido
Por esse Brasil inteiro

Tenho uma capa gaúcha
Que eu troquei num boi carreiro
Tenho dois pelego grande
Que é pura lã de carneiro
Um me serve de colchão
E outro de travesseiro
Com a minha capa gaúcha
Eu me cubro o corpo inteiro

Adeus que eu já vou partindo
Vou pousar noutra cidade
Depois de amanhã bem cedo
Quero estar em Piedade
Deus me deu esse destino
E muita felicidade
Quando eu passo com meu Pingo

Deixo um rastro de saudade

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Plínio Marcos e a linguagem prisional

O texto deste post se refere à campanha de orientação sobre os meios de contaminação pelo vírus do HIV, realizada na Casa de Detenção de São Paulo nos idos dos anos 80
.
Aqui é bandido: Plínio Marcos. Atenção, malandrage! Eu num vô pedir nada, vô te dá um alô! Te liga aí: Aids é uma praga que rói até os mais fortes, e rói devagarinho. Deixa o corpo sem defesa contra a doença. Quem pegá essa praga está ralado de verde e amarelo, de primeiro ao quinto, e sem vaselina. Num tem dotô que dê jeito, nem reza brava, nem choro, nem vela, nem ai, Jesus. Pegou Aids, foi pro brejo! Agora sente o aroma da perpétua: Aids pega pelo esperma e pelo sangue, entendeu? pelo esperma e pelo sangue! (Pausa)
Eu num tô te dando esse alô pra te assombrá, então se toca! Não é porque tu ta na tranca que virou anjo. Muito pelo contrário, cana dura deixa o cara ruim! Mas é preciso que cada um se cuide, ninguém pode valê pra ninguém nesse negócio de aids. Então, já viu: transá, só de acordo com o parceiro, e de camisinha! (Pausa)
Agora, tu aí que é metido a esculachá os outros, metido a ganhá o companheiro na força bruta, na congesta! Pára com isso, tu vai acabá empesteado! Aids num toma conhecimento de macheza, pega pra lá, pega pra cá, pega em home, pega em bicha, pega em mulhé, pega em roçadeira! Pra essa peste num tem bom! Quem bobeia fica premiado. E fica um tempão sem sabê. Daí, o mais malandro, no dia da visita, recebe mamão com açúcar da família e manda para casa o Aids! E num é isto que tu qué, né, vago mestre? Então te cuida. Sexo, só com camisinha.(Pausa)
Quem descobre que pegô a doença se sente no prejuízo e quer ir à forra, passando pros outros. (Pausa) sexo só com camisinha! Num tem escolha, transá, só com camisinha.
Quanto a tu, mais chegado ao pico, eu to sabendo que ninguém corta o vício só por ordem da chefia. Mas escuta bem, vago mestre, num qué nem sabê que, às vezes, a seringa vem até com um pingo de sangue, e tu mete ela direto em ti. Às vezes, ela aparece que vem limpona, e vem com a praga. E tu, na afobação, mete ela direto na veia. Aí tu dança. Tu, que se diz mais tu, mas que diz que num pode agüentá a tranca sem pico, se cuida. Quem gosta de tu é tu mesmo. (Pausa) E a farinha que tu cheira, e a erva que tu barrufa enfraquece o corpo e deixa tu chué da cabeça e dos peitos. E aí tu fica moleza pro Aids! Mas o pico é o canal direto pra essa praga que está aí. Então, malandro, se cobre. Quem gosta de tu é tu mesmo. A saúde é como a liberdade. A gente dá valor pra ela quando já era!

domingo, 5 de julho de 2009

Porque, porquê, por que ou por quê

1 – Porque é empregado em frases declarativas, isto é, como conjunção coordenativa explicativa ou conjunção subordinativa causal.
Ex.: Venha, porque sua mãe precisa de você. (conjunção coord. explicativa).
Não compareci à reunião porque estava viajando. (conj. subordinativa causal).

Obs.: - Porque é conj. coord. explicativa quando, normalmente, aparece depois do verbo no imperativo.

2 – Por que é empregado:

a) em frases interrogativas (advérbio interrogativo).
Ex.: Por que você está atrasado?

b) em frases declarativas, no sentido de a razão pela qual, o motivo pelo qual.
Ex.: Não sabemos por que ela está aborrecida.

c) no sentido de pelo(a) qual, pelos(as) quais.
Ex.: Esta foi a razão por que não estive presente.

3 – Por quê é empregado nos mesmos casos anteriores, mas no final das frases.
Ex.: Você não saiu mais cedo. Por quê?
Ele foi demitido sem saber por quê.

4 – Porquê é empregado como conjunção substantiva (acompanhado de artigo) no sentido de motivo.
Ex.: Não sei o porquê da sua atitude.
Vamos discutir os porquês destes problemas.


ATIVIDADES

I – Complete com porque, porquê, por que ou por quê.

1 – Se estão noivos, .......................... não se casam?
2 – Ele só falou .......................... havia clima para isso.
3 – Não fomos ao jogo ........................... choveu.
4 – O espetáculo foi interrompido ............................ ?
5 – ............................ o espetáculo foi interrompido?
6 – O espetáculo foi interrompido ............................ um dos atores sentiu-se mal.
7 – Não sabemos ............................ o espetáculo foi interrompido.
8 – Ignora-se o ............................. da interrupção do espetáculo.

A linguagem do Nirso.

O gerente de vendas recebeu o seguinte fax de um dos seus novos vendedores:
“Seo Gomis, o criente de belzonte pidiu mais cuatrucenta péssa. Faz favor toma as providenssa. Abrasso, Nirso”
Aproximadamente uma hora depois recebeu outro:
“Seo Gomis, os relatorio di venda vai xega atrazado proque to fexando umas venda. Temo que manda treiz miu pessa. Amanha to vortando praí. Abrasso, Nirso”
No dia seguinte:
“Seo Gomis, num xeguei pucausa de que vendi maiz deis miu em Beraba. To indo pra Brazilha. Manda fabricá mais... Abrasso, Nirso”
No outro:
“Seo Gomis, Brazilha fexô 20 miu. Vô pra Frolinoplis e de lá pra Sum Paulo no vinhão das cete hora. Temo que fabricá mais. Abrasso, Nirso”.
E assim foi o mês inteiro.
O gerente, muito preocupado com a imagem da empresa, levou ao presidente as mensagens que recebeu do vendedor.
O presidente, um homem também preocupado com o desenvolvimento da empresa e com a cultura dos funcionários, escutou atentamente o gerente e disse:
- Deixa comigo que eu tomarei as providências necessárias.
E tomou. Redigiu de próprio punho um aviso e afixou no mural da empresa, juntamente com os faxes do vendedor:
“A parti de oje pesso pras pessoa fazê feito o Nirso, nosso mió funcionário. Si priocupá menos em iscrevê serto e tratá de trabaiá pra mod vendê maiz.

Acinado, O Prizidenti.”

Museu da corrupção

Site do Jornal "Diário do Comércio", de São Paulo. É só clicar nas portas e os casos aparecem, desde 30 anos passados. Este site é simplesmente genial: o Museu da Corrupção. Um projeto arquitetônico fantástico! Acesse-o, ponha nos seus favoritos e convide amigos a visitá-lo.
http://www.dcomercio.com.br/especiais/2009/museu/index.htm

O português falado em Portugal

Clique na figura para ampliar...
Muito interessante a diferença existente entre a língua portuguesa daqui e a de outros paises lusófonos.




sábado, 4 de julho de 2009

ANÚNCIO PARA ARRUMAR NAMORADA

Matéria publicada em um jornal de circulação diária, do Estado do Ceará. (Leia também a resposta da pretendente).

Homem de 40 anos, que só gosta de mulher, após casamento de sete anos, mal sucedido afetivamente, vem através deste anúncio, procurar mulher que só goste de homem, para compromisso duradouro, desde que esta preencha certos requisitos:
O PRETENDIDO exige que a PRENTENDENTE tenha idade entre 28 e 40 anos, não descartando, evidentemente, aquelas de idade abaixo do limite inferior, descartando as acima do limite superior.
Devem ter um grau razoável de escolaridade, para que não digam, na frente de estranhos: "menas vezes", "quando eu si casar", "pobrema no úter", "eu já si operei de apênis", "é de grátis", "vamo de a pé", "adoro tar com você" e outras pérolas gramaticais.
Os olhos podem ter qualquer cor, desde que sejam da mesma e olhem para uma mesma direção. Os dentes, além de extremamente brancos, todos os 32, devem permanecer na boca ao deitar e nunca dormirem mergulhados num copo d’água. O seios devem ser firmes, do tamanho de um mamão papaia, cujos mamilos olhem sempre para o céu, quando muito para o purgatório, nunca para o inferno. Devem ter consistência tal que não escapem pelos dedos, como massa de pão. Por motivos óbvios, a boca e os lábios, devem ter consistência macia, não confundir com beiço. A barriga, se existir, muito pequena e discreta, e não um ponto de referência.
O PRETENDIDO exige que a PRETENDENTE seja sexualmente normal, isto é, tenha orgasmos, se múltiplos melhor, mas mesmo que eventuais, quando acontecerem, que ela gema um pouco ou pisque os olhos, para que ele sinta-se sexualmente interessante. Independentemente da experiência sexual do PRETENDIDO, este exige que durante o ato sexual a PRETENDENTE não boceje, não ria, não fique vendo as horas no rádio relógio, não durma ou cochile. O PRETENDIDO exige que a PRETENDENTE não tenha feito nenhuma sessão de análise, o que poderia camuflar, por algum tempo, uma eventual esquizofrenia.
A PRETENDENTE deverá ter um carro que ande, nem que seja uma Brasília, que tenha dinheiro para o táxi, uma vez que pela própria idade do PRETENDIDO, ele não tem mais paciência para levar namorada de madrugada para casa.
Enviar cartas com foto recente, de corpo inteiro, frente e costas, da PRETENDENTE, para a redação deste jornal, para o codinome: "CACHORRO MORDIDO DE COBRA TEM MEDO ATÉ DE BARBANTE".
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Resposta da Pretendente, publicada dias após, no mesmo periódico Cearense:
Prezado HOMEM DESCASADO...
Li seu anúncio no jornal e manifesto meu interesse em manter um compromisso duradouro com o senhor, desde que (é claro) o senhor também preencha outros "certos" requisitos que considero básicos! Vale lembrar que tais exigências se baseiam em conclusões tiradas acerca do comportamento masculino em diversas relações frustradas, que só não deixaram marcas profundas em minha personalidade, porque "graças a Deus", fiz anos de terapia, o que infelizmente contraria uma de suas exigências!
Quanto à idade convém ressaltar que espero que o senhor tenha a maturidade dos 40 anos e o vigor dos 28, e que seu grau de escolaridade supere a cultura que porventura tenha adquirido assistindo aos programas do "Show do Milhão"...!
Seus olhos podem ser de qualquer cor desde que vejam algo além de jogos de futebol e revistas de mulher pelada. E seus dentes devem sorrir mesmo quando lhe for solicitado que lave a louça ou arrume a cama.
Não é necessário que seus músculos tenham sido esculpidos pelo halterofilismo, mas que seus braços sejam fortes o suficiente para carregar as compras. Quanto à boca, por motivos também óbvios, além de cumprir com eficiência as funções a que se destinam, as bocas no relacionamento de um casal, devem servir, inclusive, para pronunciar palavras doces e gentis e não somente: PEGA MAIS UMA CERVEJA AÍ, MULHER!".
A barriga, que é quase certo que o senhor a tenha, é tolerável, desde que não atrapalhe para abaixar ao pegar as cuecas e meias que jamais deverão ficar no chão.
Quanto ao desempenho sexual espera-se que corresponda ao menos polidamente à "performance" daquilo que o senhor "diz que faz" aos seus amigos! E que durante o ato sexual, não precise levar para a cama livros do tipo: "Manual do corpo humano" ou "Mulher, esse ser estranho"!
No que diz respeito ao item alimentação, cumpre estar atualizado com a lista dos melhores restaurantes, ser um bom conhecedor de vinhos e toda espécie de iguarias, além de bancar as contas, evidentemente.
Em relação ao carro, tornam-se desnecessários os trajetos durante a madrugada, uma vez que, havendo correspondência nas exigências que por ora faço, pretendo mudar-me de mala e cuia para a sua casa ... meu amor!!!
ass: A COBRA

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A LINGUAGEM DO VESTUÁRIO

Os postulantes aos cargos públicos, em Roma, vestiam-se de túnicas brancas, indício da pureza de suas intenções e, por isso, chamavam-se candidatos (de candidos-a-um).

A toga, como qualquer peça do vestuário, é uma informação indicial da função exercida pelo juiz e a cor negra sinaliza seriedade e compostura que devem caracterizá-lo.

Tem-se notado a frequência significativa de mulheres de preto em Machado de Assis, todas, ou quase todas, viúvas. Há mesmo um conto com o título: “A mulher de preto.” De novo, a cor preta está associada ao respeito e à seriedade. Mas há quem se pergunte: Machado estaria interessado na cor preta ou nas viúvas?

A cor vermelha representa, entre outros significados, a paixão. Se uma mulher, usando vestido vermelho, estiver numa festa (na noite) desacompanhada... Não tem erro!!! Está receptiva, isto é, propícia a um novo relacionamento, mesmo que seja para uma noite apenas.