domingo, 24 de agosto de 2008
CINEMA E LITERATURA
Aconteceu na última segunda feira (18/08) na 20ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo uma palestra com Maria Rosário Fabris, mestre em Artes pela Universidade de São Paulo (USP), sobre Cinema e Literatura. A palestra “Escrever para o cinema”, abordou as diferenças entre os roteiros cinematográficos e as obras das quais eles se originam.
“É muito comum as pessoas reclamarem que a obra cinematográfica deixou a desejar do livro original, o que as pessoas não percebem é que cinema e literatura são artes diferentes, com visões e objetivos distintos e cada uma possui uma linguagem”, comentou Maria Rosário.
Comentando filmes derivados de textos literários com O Guarani, Iracema, Vidas Secas, Macunaíma, Memórias Póstumas, A Cartomante, O Cheiro do ralo, Nome próprio e outros, os especialistas presentes a mesa de debates ressaltaram que o cinema e a literatura têm duas linguagens distintas, portanto são diferentes e não devem ser comparadas.
Um exemplo da distinção entre discurso literário e discurso cinematográfico é o filme Nome Próprio escolhido como o melhor filme no recente festival de Gramado, em que a autora do livro que originou o filme Clara Averbuck, afirma que o filme não é dela, o texto é do diretor Murilo Sales. Outro exemplo é do dramaturgo Mario Bortolotto, que tem causado polêmica com a estréia do longa Nossa vida não cabe num Opala, de Reinaldo Pinheiro, que não gostou da adaptação de sua obra para o cinema. Já José Saramago, gostou muito da adaptação de seu livro Ensaio sobre A Cegueira feita para o cinema por Fernando Meireles.
A mestre em Artes pela USP comentou que uma obra cinematográfica é uma obra a parte, ela não tem a necessidade de ser tão fidedigna a obra literária, pois cada um tem sua interpretação, o seu olhar individual. “A partir do momento que você vende os direitos autorais o ‘novo’ autor pode fazer o recorte que desejar”, lembrou.
Maria Rosário explicou que o cinema recorre com freqüência a outras áreas. “Das artes, por exemplo, surge à fotografia, a iluminação, o enquadramento; da música, o ritmo; do teatro, a encenação; da literatura, a narrativa, o texto, o roteiro e a poética. Por isso, as pessoas cobram demais do roteiro derivado de obras literárias”.
O que acontece atualmente é um trânsito pelas artes, o que confunde muitas vezes o espectador, pois muitos roteiristas também são escritores. Diante desse fato o cinema dialoga muito com a literatura.
http://edilvabandeira.zip.net/
“É muito comum as pessoas reclamarem que a obra cinematográfica deixou a desejar do livro original, o que as pessoas não percebem é que cinema e literatura são artes diferentes, com visões e objetivos distintos e cada uma possui uma linguagem”, comentou Maria Rosário.
Comentando filmes derivados de textos literários com O Guarani, Iracema, Vidas Secas, Macunaíma, Memórias Póstumas, A Cartomante, O Cheiro do ralo, Nome próprio e outros, os especialistas presentes a mesa de debates ressaltaram que o cinema e a literatura têm duas linguagens distintas, portanto são diferentes e não devem ser comparadas.
Um exemplo da distinção entre discurso literário e discurso cinematográfico é o filme Nome Próprio escolhido como o melhor filme no recente festival de Gramado, em que a autora do livro que originou o filme Clara Averbuck, afirma que o filme não é dela, o texto é do diretor Murilo Sales. Outro exemplo é do dramaturgo Mario Bortolotto, que tem causado polêmica com a estréia do longa Nossa vida não cabe num Opala, de Reinaldo Pinheiro, que não gostou da adaptação de sua obra para o cinema. Já José Saramago, gostou muito da adaptação de seu livro Ensaio sobre A Cegueira feita para o cinema por Fernando Meireles.
A mestre em Artes pela USP comentou que uma obra cinematográfica é uma obra a parte, ela não tem a necessidade de ser tão fidedigna a obra literária, pois cada um tem sua interpretação, o seu olhar individual. “A partir do momento que você vende os direitos autorais o ‘novo’ autor pode fazer o recorte que desejar”, lembrou.
Maria Rosário explicou que o cinema recorre com freqüência a outras áreas. “Das artes, por exemplo, surge à fotografia, a iluminação, o enquadramento; da música, o ritmo; do teatro, a encenação; da literatura, a narrativa, o texto, o roteiro e a poética. Por isso, as pessoas cobram demais do roteiro derivado de obras literárias”.
O que acontece atualmente é um trânsito pelas artes, o que confunde muitas vezes o espectador, pois muitos roteiristas também são escritores. Diante desse fato o cinema dialoga muito com a literatura.
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