"Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam. E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles".

terça-feira, 29 de maio de 2018

Como escrever resenhas

Todos que passam pelos bancos escolares acabam se deparando com a necessidade de fazer uma resenha — um dos tipos de trabalhos mais solicitados pelos professores.
Como um gênero textual, uma resenha é um texto em forma de síntese que expressa a opinião do autor sobre um determinado fato cultural, que pode ser um livro, um filme, peças teatrais, exposições, shows etc. O objetivo da resenha é guiar o leitor pelo emaranhado da produção cultural que cresce a cada dia e que tende a confundir até os mais familiarizados com todo esse conteúdo.
Como uma síntese, a resenha deve ir direto ao ponto, mesclando momentos de pura descrição com momentos de crítica direta. O resenhista que conseguir equilibrar perfeitamente esses dois pontos terá escrito a resenha ideal.  No entanto, sendo um gênero necessariamente breve, é perigoso recorrermos ao erro de sermos superficiais demais. Nosso texto precisa mostrar ao leitor as principais características do fato cultural, sejam elas boas ou ruins, mas sem esquecer de argumentar em determinados pontos e nunca usar expressões como “Eu gostei” ou “Eu não gostei”, pois essa é uma característica o texto científico, aquele usado em TCC e artigos científicos.
A resenha deve possuir as mesmas qualidades de estilo imprescindíveis a todo texto escrito, como: simplicidade, clareza, concisão, propriedade vocabular, precisão vocabular, objetividade e impessoalidade. Além disso, a resenha deve apresentar imparcialidade, atitude científica e privilegiar o essencial. Veja seguir.
Imparcialidade
Seja na defesa ou no ataque, o resenhista deve julgar as ideias da obra sem paixão, devendo posicionar-se criticamente como um juiz e apresentar tanto os aspectos positivos quanto os negativos da obra, sem defender ou lado ou outro devido a motivos externos à obra (amizade com o autor, imposição de editoras, professores, colegas, etc.)
Cientificidade
A resenha, assim como todo trabalho acadêmico, deve ter cunho científico — veja mais sobre TCC, por exemplo. Ou seja, estar em conformidade com as exigências de objetividade e impessoalidade.
Privilegiar o essencial
Você deve falar apenas do que é mais importante na obra, pois seu leitor raramente estará interessado em muitos detalhes ou em partes menos importantes. Devido a isso é necessário respeitar o tempo que ele está reservando para ler seu texto.
Quanto aos tipos de resenha, a mais conhecida delas é a resenha acadêmica, que apresenta moldes bastante rígidos, responsáveis pela padronização dos textos científicos. Ela, por sua vez, também se subdivide em resenha crítica, descritiva e temática.
Na resenha acadêmica crítica, os oito passos a seguir formam um guia ideal para uma produção completa:
1.    Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais do livro ou artigo que você vai resenhar;
2.    Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o conteúdo do texto a ser resenhado;
3.    Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco narrativo ou até, de forma sutil, o número de páginas do texto completo;
4.    Descreva o conteúdo: Aqui sim, utilize de 3 a 5 parágrafos para resumir claramente o texto resenhado;
5.    Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua opinião. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo comparações ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em aula. É difícil encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos para isso, porém não há um limite estabelecido. Dê asas ao seu senso crítico.
6.    Recomende a obra: Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora de analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém). Utilize elementos sociais ou pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda etc.
7.    Identifique o autor: Cuidado! Aqui você fala quem é o autor da obra que foi resenhada e não do autor da resenha (no caso, você). Fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador.
8.    Assine e identifique-se: Agora sim. No último parágrafo você escreve seu nome e fala algo como “Graduando em Letras pela Universidade Federal do ABC”.
Na resenha acadêmica descritiva, os passos são exatamente os mesmos, excluindo-se o passo de número 5. Como o próprio nome já diz, a resenha descritiva apenas descreve, não expõe a opinião o resenhista.
Finalmente, na resenha temática, você fala de vários textos que tenham um assunto (tema) em comum. Os passos são um pouco mais simples:
1.    Apresente o tema: Diga ao leitor qual é o assunto principal dos textos que serão tratados e o motivo por você ter escolhido esse assunto;
2.    Resuma os textos: Utilize um parágrafo para cada texto, diga logo no início quem é o autor e explique o que ele diz sobre aquele assunto;
3.    Conclua: Você acabou de explicar cada um dos textos, agora é sua vez de opinar e tentar chegar a uma conclusão sobre o tema tratado;
4.    Mostre as fontes: Coloque as referências Bibliográficas de cada um dos textos que você usou;
5.    Assine e identifique-se: Coloque seu nome e uma breve descrição do tipo “Graduando em Letras pela Universidade Federal do ABC”.
O outro tipo de resenha é aquele que serve para divulgar uma obra, simplesmente. Ele permite ao leitor tomar conhecimento do livro, filme ou artigo de que trata a resenha e, consequentemente, decidir se deseja lê-lo ou assisti-lo. Esse tipo é muito comum quando referida a uma obra da literatura, o que constituirá uma resenha literária.
Antes de iniciar a produção do texto há alguns passos importantes que você deve considerar para que a qualidade do seu trabalho possa atingir um patamar de excelência.
Passo 1 – Leitura da obra a ser resenhada
Chega a ser ridículo ter que colocar este ponto, mas já vi muita gente fazendo resenhas de livros que nunca leu, de filmes que nunca assistiu ou de palestras às quais não compareceu. Soou familiar? É uma realidade crescente entre os estudantes universitários.
Mas você não pretende ser um desses, certo? Então o primeiro passo é conhecer o objeto que será resenhado. Um detalhe importante: essa sua leitura deve ser rápida, com o objetivo de conhecer a obra como um todo. Portanto, não faça anotações e nem sublinhe nada.
Passo 2 – Releitura
Na primeira leitura que fazemos de qualquer coisa há muitos elementos que passam despercebidos. É nessa etapa que devemos, lentamente, analisar aspectos mais pontuais da obra que será alvo da resenha. Use a técnica de sublinhar, fazer esquemas com as ideias principais (tanto da obra quanto de cada capítulo) e tente estabelecer relações entre tudo isso.
Algo que eu faço e que ajuda muito: fazer perguntas e anotá-las no canto das páginas (se você estiver resenhando um material escrito, claro). Isso força você a pensar sobre o material que tem em mãos.
Passo 3 – Parar para pensar
Você deve para um tempo para pensar sobre tudo, rever suas anotações, formar uma opinião e, quem sabe, até buscar outras fontes que tratem dos mesmos assuntos, para poder fazer contrapontos em seu texto. Se possível, essa pausa deve durar mais de 24h, mas não ultrapasse as 72h para que as ideias não lhe fujam da memória. Faça mais anotações e já tente formular os argumentos que utilizará em seu texto.
Partindo de tudo que foi dito, talvez você já tenha uma boa ideia sobre o que escrever em sua resenha e até mesmo sobre a estrutura que deve seguir. Mas vamos falar especificamente de uma das perguntas que eu mais ouço dos alunos: Como começar uma resenha?
Há uma série de questões que você deve tentar responder em sua introdução. Veja:
1.    De que trata o livro?
2.    Ele tem alguma característica especial?
3.    De que modo o assunto é abordado?
4.    Qual é a tese do autor?
5.    Qual a intenção do autor?
6.    Que conhecimentos prévios são exigidos para entendê-lo?
7.    A que tipo de leitor se dirige o autor?
8.    O tratamento dado ao tema é compreensível?
9.    O livro foi escrito de modo interessante e agradável?
10.     As ilustrações foram bem escolhidas?
11.     O livro foi bem organizado?
12.     O leitor, que é a quem o livro se destina, irá achá-lo útil?
13.     Comparando essa obra com outras similares e com outros trabalhos do mesmo autor, a que conclusões chegamos?
Evidentemente, você não precisa responder a todas essas questões, sendo elas sugestões que você pode utilizar no início de sua resenha.
Outro ponto em que muitos têm dúvidas é na hora de escrever a conclusão. Esse espaço final da resenha serve para expor sua avaliação geral sobre a obra.
Até aqui você já deve ter discutido os argumentos do autor e como ele os defende, assim como ter avaliado a qualidade e a eficiência de diversos aspectos do livro ou artigo.
Agora é o momento de avaliar o trabalho como um todo, determinando coisas como se o autor conseguiu ou não atingir os objetivos propostos e se a obra contribui de maneira significante para a área de conhecimento da qual faz parte.
Ao escrever a conclusão, você pode considerar as seguintes perguntas:
·       A obra usa graus de objetividade ou subjetividade apropriados à proposta inicial do autor?
·       O autor consegue manter o foco da obra, sem incorrer em excesso de opinião própria ou falta de fontes que comprovem seus argumentos?
·       Em algum momento o autor deixa de considerar aspectos relevantes de sua área, como outros pontos de vista ou teorias contrárias às dele?
·       O autor conseguiu atender aos objetivos a que se propôs ao iniciar a obra?
·       Que contribuições a obra traz para sua área de conhecimento ou grupo específico de leitores?
·       É possível justificar o uso dessa obra no contexto em que foi indicada (uma disciplina da universidade, por exemplo)?
·       Qual o comentário final mais importante que você faria a respeito dessa obra?
·       Você tem sugestões para futuras pesquisas nessa área?
·       De que maneiras ler/assistir essa obra contribuiu para sua formação?
O tamanho do seu texto pode variar muito, principalmente de acordo com o material que você estiver resenhando. Por isso, não há regra quanto ao número de parágrafos, mas se você estiver escrevendo uma resenha para a faculdade, por exemplo, dificilmente você deve pensar em menos do que duas páginas do Word, o que daria entre 6 e 10 parágrafos, aproximadamente.
Quando falamos de textos acadêmicos, pouca coisa muda em relação aos demais tipos de materiais (livros, filmes, palestras, etc.). Você deve considerar, no entanto, que um texto acadêmico deve ser impessoal — seus verbos nunca serão escritos em primeira pessoa (eu, nós).
Portanto, ao resenhar esse tipo de texto, siga as dicas já expostas acima, mas tenha um cuidado ainda maior com a linguagem e atente para as normas da ABNT. Quanto à quantidade de páginas, o tamanho de uma resenha, depende muito da sua fonte. Não há regra fixa, mas tente nunca ficar abaixo das duas páginas do Word.
Concluindo, fazer uma resenha parece muito fácil à primeira vista, mas devemos tomar muito cuidado, pois dependendo do lugar, resenhistas podem fazer um livro mofar nas prateleiras ou transformar um filme em um verdadeiro fracasso.
As resenhas são ainda, além de um ótimo guia para os apreciadores da arte em geral, uma ferramenta essencial para acadêmicos que precisam selecionar quantidades enormes de conteúdo em um tempo relativamente pequeno.

Referências:
DIDIO, Lucie. Leitura e Produção de Textos. São Paulo: Atlas, 2013


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sábado, 19 de maio de 2018

CONTOS DE ENSINAMENTO


Os contos populares da tradição oral são narrativas ancestrais que vêm resistindo à passagem do tempo. No Brasil, convivem contos de tradição dos diferentes povos indígenas e africanos, de povos orientais e os de tradição européia (estes mais divulgados pela mídia impressa, cinematográfica e virtual). São estudiosos do conto da tradição oral brasileira Câmara Cascudo e Silvio Romero, entre outros. De gêneros variados, possuem certas características que os aproximam e outras que os distanciam, permitindo diferentes classificações. A organização mais comum é a que reúne os contos populares da tradição oral em uma só categoria, “contos de fadas”, ignorando que esses últimos receberam essa designação por terem fadas em seus enredos. Mas, ao serem analisados por estudiosos, os contos populares, em geral, foram classificados de formas mais complexas. Um dos agrupamentos mais importantes é o de Aarne-Thompson; outros, dos formalistas russos, entre eles Wladimir Propp.
As classificações dos contos da tradição oral, porém, embora valiosas para ampliar a compreensão de sua natureza e importância, costumam apresentar certa rigidez própria das tipologias e não podem ser consideradas verdades absolutas, uma vez que alguns temas, por exemplo – como o da menina e o lobo, “escapam” das classificações por terem sido contados de diferentes jeitos, ou seja, em diferentes gêneros. Mas olhá-los por meio dessas análises produzidas com cuidado e intenção investigadora, ainda que marcada por uma fixidez excessiva, permite que se perceba a riqueza da cultura oral. É inegável que os numerosos estudos e classificações contribuem para isso.
Hoje vamos abrir espaço para os chamados “contos de ensinamento”, importante grupo de contos da tradição oral de todas as regiões da Terra. Como contos da tradição oral, têm em comum com os maravilhosos e os de fadas a antiguidade, comprovada pelas inúmeras pesquisas de estudiosos no assunto, a falta de autor determinado, a transmissão boca a boca através das gerações. O que os particulariza é a intenção: sua finalidade principal não é divertir, é ensinar.
Atualmente, esses contos (como todos da tradição oral) são, muitas vezes, classificados como pertencentes à literatura infantil. Se os analisarmos com mais cuidado, veremos que eles, em sua origem, eram destinados a ouvintes de todas as idades. Isso fica fácil de entender quando lembramos que, antes do século XIX, não havia essa divisão rígida que temos hoje em “mundo das crianças” e “mundo dos adultos”, com os diferentes artigos de consumo (os materiais e os culturais) divididos entre públicos bem definidos. Até essa época, em sociedades ocidentais ou orientais, as crianças das classes populares não eram apartadas dos adultos em situações de trabalho, diversão ou convívio familiar. É claro que os mais velhos passavam ensinamentos tradicionais para os mais jovens, como tendemos a fazer ainda hoje, mesmo que de modos diversos, mas a distância entre gerações não era tão espacialmente determinada; o convívio entre velhos, adultos e crianças era próximo, os nascimentos e as mortes não eram tratados de forma “higienizada” como o são atualmente: nascimentos e mortes não são coisas “da casa” são coisas do espaço hospitalar e subordinados ao cuidado médico. Os acontecimentos da vida eram partilhados no convívio próximo e cotidiano.
Nesse ambiente onde a maioria não tinha acesso à escolarização, a eletricidade chegava a poucos lugares e ainda não tinha diminuído os mistérios da noite, e a internet – nosso grande oráculo - não era sequer imaginada, a conversa era o meio mais usual para o acesso aos conhecimentos acumulados. As reuniões nas famílias ou em grupos sociais maiores, sempre eram animadas por contadores que guardavam na memória as narrativas mais significativas para a transmissão da história e das tradições de seu povo, entre eles os contos de ensinamento. Eram ocasiões de grande envolvimento dos ouvintes, era nelas que se aprendia sobre a vida. E os contos eram o instrumento, nesse momento eles ganhavam uma vida que não podemos reviver pelas versões escritas. Como diz o historiador Robert Darton, um estudioso do assunto, não há como recuperar os dispositivos gestuais e de entonação usados na época por meio das frias páginas escritas.
Embora não possamos recriá-los como eram, não deixam de ser, ainda hoje, encantadores e poderosos, mesmo para os ouvintes adultos. Há contos de ensinamento originários do mundo todo. São muito conhecidos aqueles que valorizam o esforço e a esperteza dos fracos contra os fortes e poderosos (como Pequeno polegar, João e Maria, O pequeno Alfaiate, João e o pé de feijão, Aladin e a Lâmpada maravilhosa, etc.) e os que alertavam contra os perigos do mundo (como Chapeuzinho Vermelho, Barba Azul etc.).
Como todos os demais contos da tradição oral, as versões que conhecemos hoje resultam da passagem por diferentes países e são influenciadas por suas versões escritas. Por conta de serem atualmente, tratadas como literatura infantil, e porque vivemos a divisão da sociedade em adultos (que tudo podem ver e saber) e crianças (cuja mente não pode ser contaminada pelas maldades do mundo), as versões mais recentes são abrandadas, mais românticas, em relação às primeiras que foram escritas e que, provavelmente, são mais próximas da tradição oral. As primeiras versões escritas continuam influenciando, é claro, as atuais. São elas a de Perrault, no século XVII, na França, a dos irmãos Grimm, no século XIX na Alemanha e as de Andersen, também no século XIX, na Dinamarca. Além das escritas, no século XX houve versões gravadas em discos e fitas e versões cinematográficas.
Os contos de ensinamento são um material rico que desperta o interesse dos estudiosos. Podemos encontrar correntes diversas que revelam perspectivas de diferentes campos de estudo:
• Há os que vêem neles elementos psicológicos¹ revelados na simbologia que pode se atribuir aos personagens, aos elementos da paisagem às cores etc., úteis na análise psicanalítica.
• Existem os que os estudam como documentos históricos² que revelam, de forma crua, fatos realmente vividos e retratados nos contos como advertência e como indicação de atitudes que devem ser tomadas como proteção à vida.
• Muitos foram analisados pelas formas que tomaram quando foram utilizados como ensinamentos filosóficos³, morais e religiosos.
Alguns povos ainda muito ligados aos ensinamentos da tradição oral estão recolhendo, mais recentemente, contos que ainda circulam oralmente para registrá-los por meio da escrita. Veja alguns lançamentos editoriais recentes:
• Contos recolhidos da tradição oral africana por Nelson Mandela, Meus contos africanos, livro publicado no Brasil pela editora Martins Fontes;
• Contos recolhidos da tradição de povos indígenas brasileiros, por Daniel Munduruku e Heloisa Prieto, Antologia de contos indígenas de ensinamento, publicado pela editora Salamandra.

¹ Entre os estudiosos da psicologia que estudaram os símbolos nos chamados contos de fadas estão Bruno Betelheim, de linha freudiana, autor do conhecido Psicanálise dos contos de fadas, publicado pela editora Paz e Terra, e Marie Louise Von Franz, de linha junguiana, autora de alguns livros sobre o assunto, entre eles A interpretação do conto de fadas, publicado pela editora Paulus.
² Entre os historiadores que estudaram os contos populares de ensinamento está Robert Darton, que escreveu O grande massacre de gatos e outros episódios da história cultural francesa, livro publicado pela editora Graal.
³ Entre os contos de tradição filosófico-religiosa oriental estão os do personagem Nasrudin. Veja um dos contos em http://www.releituras.com/nasrudin_menu.asp


Heloisa Amaral
http://escrevendo.cenpec.org.br

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