sexta-feira, 15 de maio de 2009

Angústia

Nas noites não dormidas
Impera a angústia
Rápido passou a infância
E a adolescência ainda dói fundo

No copo de absinto
Completamente vazio
Largado sobre a mesa
Mal iluminada
Pelo lume da negra noite
Tamanha forma toma o desespero

Nem mesmo o maior dos mestres
Consegue expressar a dolorosa ausência
Em sua serena poesia

A perda veio como um duro golpe
O primeiro amor que em ruínas desmorona
Num mundo que aos poucos morre
Entre outros que certamente virão
Há vários mundos
Todos mortos


(Juarez Firmino)

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